Pelo menos 60 mortos em ataques suicidas em Cabul e Ghor

A autoria dos ataques ainda não foi reivindicada. Só na última semana morreram mais de 170 pessoas vítimas de explosões no Afeganistão

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Um primeiro ataque em Cabul matou quase 40 pessoas; mais tarde, um ataque suicida em Ghor vitimou mais três dezenas Reuters/MOHAMMAD ISMAIL

Pelo menos 60 pessoas morreram, esta sexta-feira, na capital afegã de Cabul e na região central de Ghor, na sequência de dois ataques suicidas em duas mesquitas. A notícia é dada pela BBC e pela Al-Jazira, citando autoridades oficiais afegãs.

Um dos ataques ocorreu na mesquita xiita Imam Zaman, na capital afegã de Cabul. Morreram, pelo menos, 39 pessoas e ficaram feridas outras 45, grande parte delas fiéis que se encontravam reunidas para as orações de sexta-feira.

De acordo com o general Alimast Momand, um homem armado entrou a pé na mesquita e começou a disparar à queima-roupa antes de fazer detonar um engenho explosivo, especifica a Associated Press.

O segundo ataque desta sexta-feira aconteceu na província afegã de Ghor, numa mesquita sunita. Citado pela Al-Jazira, um porta-voz da polícia da região, Mohammad Iqbal Nezami, referiu que morreram, pelo menos, 33 pessoas nesse ataque suicida; a BBC refere que terão morrido 20 pessoas. O alvo do ataque, escreve a Al-Jazira, era um antigo comandante regional que apoiava o governo, de seu nome Abdul Ahed – que acabou por morrer no ataque, assim como alguns dos seus guarda-costas.

Só nesta semana, morreram pelo menos 176 pessoas no país em explosões. Na quinta-feira, 43 soldados afegãos foram mortos por dois bombistas suicida Taliban na cidade de Kandahar. Nesta terça-feira, morreram, pelo menos, 41 pessoas na cidade de Gardez, nas mãos de vários atacantes que carregavam consigo bombas e armas; ainda na terça, morreram, pelo menos, 30 pessoas em explosões em carros em Ghazni.

O Daesh tem cometido uma série de atentados contra mesquitas xiitas, mas estes ataques ainda não foram reivindicados por nenhum grupo radical. Em mesquitas já morreram, pelo menos, 84 pessoas e 194 ficaram feridas, de acordo com o balanço mais recente das Nações Unidas, divulgado na última semana.

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