Ambiente, mobilidade e desenvolvimento económico são prioridades em Gondomar

São cinco os parques urbanos que Marco Martins quer ver criados, a par da continuação do projecto do Parque das Serras do Porto.

Foto
Marco Martins, à direita, toma posse na segunda-feira neg nelson garrido

O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que toma posse segunda-feira, aponta o ambiente, a mobilidade e o desenvolvimento económico como prioridades para um segundo mandato, no qual terá a companhia de Valentim Loureiro como vereador na oposição.

Apesar de ter perdido um vereador – elegeu seis – a candidatura do PS em Gondomar alcançou a maioria absoluta com 45,2% dos votos, ficando à frente da candidatura independente do antigo autarca Valentim Loureiro, que obteve 19,9% e elegeu dois vereadores, os mesmos que a CDU de Daniel Vieira e mais um do que a coligação PSD/CDS-PP de Rafael Amorim, enquanto o Bloco de Esquerda de Rui Nóvoa não conseguiu qualquer mandato.

Em entrevista à agência Lusa e questionado quer sobre a distribuição de pelouros, quer sobre o futuro governativo neste concelho do distrito do Porto, Marco Martins foi peremptório: "Aquilo que espero é que a oposição seja construtiva. Se enveredarem pelo espírito de guerrilha, eu também sei fazer o meu, mas acho que Gondomar não ganha nada com isso".

Marco Martins frisou que não exclui colaborações e "não vira a cara a ninguém", mas no imediato as pastas serão distribuídas pela sua equipa: "Os gondomarenses foram muito claros ao escolherem o PS. Caberá a mim o papel de conduzir as reuniões", salientou.

Apontando que "nesta campanha se perdeu um bocadinho de dignidade" e dizendo-se "desiludido com algumas pessoas", o autarca garantiu que nunca temeu pela vitória e que, "ao contrário do que tentaram lançar na noite eleitoral" em Gondomar, "não ganhou um primeiro-ministro, ganhou um presidente de câmara e um projecto autárquico".

Ambiente, transportes e desenvolvimento económico serão as "linhas principais" do mandato 2017/2021, apontou Marco Martins, que, confrontado com o facto de ao longo da campanha ter sido acusado de ser um presidente que só acode aos problemas do dia-a-dia, disse "bastar andar nas ruas de Gondomar ou nos corredores de Lisboa para comparar o que existia e o que existe agora".

São cinco os parques urbanos que Marco Martins quer ver criados, a par da continuação do projecto do Parque das Serras do Porto, a conclusão do saneamento pondo em funcionamento as ETAR de Melres e Medas e o avanço dos percursos junto ao Douro.

Quanto ao metro, o autarca garantiu ter o compromisso do Governo de que em 2018 será lançado o processo de execução da linha que levará este meio de transporte ao centro do concelho, até ao Souto, vindo de Campanhã, Porto.

Soma-se o alargamento do Andante a todo o concelho, revendo o zonamento, a criação de um transporte flexível porta a porta na zona conhecida como Alto do Concelho ou a colocação de mais 100 abrigos nas paragens.

A criação de duas zonas empresariais, uma no Alto do Concelho e outra em São Pedro da Cova, também é objectivo numa área em que, para aumentar o número de postos de trabalho, Marco Martins prevê duplicar a redução das taxas para o investimento em função dos empregos criados.

"E vamos continuar com projectos inovadores na área social, cultural, desporto, entre outras. Temos feito um trabalho de promoção de Gondomar e de colocar Gondomar no mapa. Sinto que Gondomar começou a ser visto e respeitado. E a prova disso é um conjunto de cargos que gratuitamente e voluntariamente desempenho em sede metropolitana", disse o autarca, referindo-se às pastas ligadas à Protecção Civil e à Mobilidade.

Voltar a rever o plano director municipal, completando o trabalho feito no mandato anterior, e contratar recursos a partir de Janeiro, algo que não podia fazer até aqui, explicou, "devido ao endividamento excessivo", são outros dos projectos para um ciclo de quatro anos mas que Marco Martins não escondeu desejar que se prolongue até 2025, por ter, conforme referiu na primeira eleição em 2013, um projecto a 12 anos para o concelho.

"Há que aproveitar bem a programação do Portugal 2020 e debater o pós-2020. Em quatro anos, reabilitámos 147 ruas, no valor de 40 milhões, e nos próximos anos queremos continuar esse trabalho. Há muito trabalho a fazer", concluiu.

Sugerir correcção
Comentar