TAP prepara novas ligações a partir do Porto

Empresa diz que está “mais preparada para concorrer” e que as novidades chegarão na Primavera de 2018.

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David Neeleman reconhece ter perdido mercado para outras companhias quando a TAP cortou a oferta no Porto Nuno Ferreira Santos

A TAP deverá anunciar novos voos e destinos a partir do Porto na Primavera, por estar em condições de concorrer com companhias aéreas de baixo custo, anunciou hoje David Neeleman, empresário do consórcio Atlantic Gateway, que detém 45% da TAP.

No pequeno-almoço/debate organizado pela Câmara de Comércio Luso-Britânico, em Lisboa, o empresário garantiu que a companhia aérea nacional está “mais preparada para concorrer” e que estão a ser feitos planos para garantir mais voos no aeroporto do Porto.

“Talvez na Primavera possamos anunciar mais destinos e voos do Porto”, informou o empresário, recordando que a TAP ao “sair de alguns mercados cedeu para a Ryanair e easyJet”.

Assim, com a marca TAP, um “produto melhor e melhores custos podemos concorrer agora”, perspectivou o empresário, que destacou a necessidade de negociar com o aeroporto Francisco Sá Carneiro para ter “as mesmas condições dos outros para fazer os voos”.

“E se conseguirmos colocar mais aeronaves, vamos começar a voar para outros destinos”, informou.

Quanto ao aeroporto de Lisboa, o empresário sublinhou a necessidade de haver saídas rápidas para “maximizar as operações por hora na única pista” disponível e instalar o novo sistema de navegação aérea.

Os cinco anos projectados para a abertura de uma infra-estrutura complementar no Montijo voltaram a ser criticados por Neeleman, que previu um período de dois anos, “se houver foco”, para uma alternativa.

O empresário argumentou que a solução poderia passar por uma estrutura semelhante ao terminal 2 do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, algo que demora "seis meses" a ser construída.

Neeleman recusou ainda o aumento das taxas aeroportuárias para custear uma alternativa. “Não vou pagar para a Ryanair, que devolveu 800 milhões de euros aos accionistas, ter um aeroporto”, garantiu.

“Estamos a sobreviver, não vou dar um subsídio. Não podemos ser prejudicados para dar dinheiro para quem está a ter mais lucro”, concluiu.

O empresário garantiu também que, em 2019, a TAP terá completado a renovação de frota, pelo que “nunca mais será preciso voar num produto inferior”.

Na sua intervenção, Neeleman sublinhou ainda o crescimento dos quadros de pessoal na TAP, perspectivando que a empresa passe dos actuais 7629 funcionários para 8029 até Dezembro de 2018.

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