Número de mortos sobe para 42

Homem internado com queimaduras em Coimbra não resistiu aos ferimentos

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ADRIANO MIRANDA

Os incêndios florestais que deflagraram no domingo em diversas zonas do país provocaram 42 mortos, disse à Lusa a adjunta do comando nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar.

A 42.ª morte confirmada é a de um homem que tinha sofrido queimaduras e que se encontrava internado em estado grave no Hospital de Coimbra. Desconhece-se, para já, qual o concelho de origem da mais recente vítima mortal.

O anterior balanço, feito na terça-feira ao final da tarde, apontava para 41 mortos.

Dezanove mortes registaram-se no distrito de Coimbra, nove dos quais em Oliveira do Hospital, três em Tábua, três em Arganil, três em Penacova e um em Pampilhosa da Serra, sendo esta última vítima mortal a que estava desaparecida. Foi encontrada queimada em casa.

No distrito de Viseu, registaram-se 18 vítimas mortais, designadamente em Vouzela (oito), Santa Comba Dão (cinco), Nelas (uma), Carregal do Sal (uma), Tondela (duas) e Oliveira de Frades (uma).

A ANPC adianta que duas pessoas morreram na Guarda e uma na Sertã (distrito de Castelo Branco).

Outra das vítimas mortais morreu na terça-feira no Hospital de Coimbra, mas não foi divulgada a origem.

Fonte oficial do Ministério da Justiça avançou à Lusa que o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses já realizou 40 autópsias às vítimas dos incêndios no Centro e Norte do país e que oito corpos já foram entregues às famílias.

Além das 42 vítimas mortais, as centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Segundo a ANPC, registou-se a morte de um ferido queimado que estava em estado grave no Hospital de Coimbra, desconhecendo-se, para já, qual o concelho de origem da vítima mortal.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em Junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia do fogo.

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