PSD e Rui Moreira ainda sem acordo para a Assembleia Municipal do Porto

Sociais-democratas reivindicaram dois lugares nas juntas de freguesias onde independentes de Moreira ganharam com maioria relativa, mas nada está ainda decidido.

Fotogaleria
Rui Moreira tem maioria absoluta na câmara mas não na assembleia municipal Nelson Garrido
Fotogaleria
Miguel Pereira Leite não tem assegurada a eleição como presidente da Assembleia Municipal do Porto Paulo Pimenta

As negociações entre sociais-democratas e o movimento independente de Rui Moreira com vista a um entendimento para a Assembleia Municipal do Porto, que permita eleger Miguel Pereira Leite para presidente da AMP, ainda não viram fumo branco.

Para além da eleição do presidente da assembleia municipal, as negociações compreendem também entendimentos para as juntas e assembleias de freguesia. Em sete juntas de freguesia, o movimento de Rui Moreira ganhou cinco, uma das quais com maioria absoluta. Por seu lado, o PSD manteve a presidência da Junta de Freguesia de Paranhos e os socialistas reelegeram Ernesto Santos para líder da Junta de Freguesia de Campanhã.

Com excepção da União de Freguesias Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, o movimento independente de Rui Moreira venceu quatro juntas com maioria relativa, o que implica fazer entendimentos com outras forças políticas, neste caso o PSD, que assegurem a governabilidade das juntas.

Com a salvaguarda de que quem decide são os eleitos, o PSD reivindicou junto de Francisco Ramos (pelo  movimento independente) colocar dois elementos na gestão das juntas e assembleias de freguesia. Mas no partido há quem pense de forma diferente e diga que a postura do PSD não deve ser em “função de lugares, mas em função das comunidades”.

Reeleito presidente de Freguesia de Paranhos, Alberto Machado entende que quem decide é quem ganha as eleições, não se mostrando aberto a incluir elementos de outras forças políticas no executivo da junta. No mandato que terminou, Alberto Machado também não teve maioria absoluta, sendo obrigado a fazer um entendimento com os socialistas.

Ao PÚBLICO, Alberto Machado, que vai disputar a eleições para a concelhia do PSD-Porto, explicou que o partido “só deve apoiar a governação, se entender que pode ser uma mais-valia para as comunidades”. Para o autarca, há três maneiras de o partido participar: “Integrando o executivo da junta; integrando a mesa da assembleia de freguesia; ou através de propostas que apresentou no seu programa eleitoral e que podem beneficiar a freguesia”.

O PSD fez um balanço das negociações que estão a decorrer, na reunião de segunda-feira da concelhia do Porto, e o que ficou decidido foi que cada comissão política do núcleo de freguesia falaria com os respectivos eleitos, decidindo aquilo que considere mais vantajoso para a freguesia.

Quanto à assembleia municipal, o PSD ainda não tomou uma posição. Mas os sociais-democratas estão também conversas com os socialistas.

Sugerir correcção
Comentar