Facebook compra aplicação de elogios anónimos para adolescentes

A TBH foi lançada em Agosto e quer ser uma plataforma para mensagens positivas.

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O Facebook quer captar também os utilizadores mais novos Nuno Ferreira Santos

O Facebook quer garantir que não deixa fugir os utilizadores mais novos e que domina o terreno das redes sociais online. A empresa, que já é dona do Instagram e do WhatsApp, decidiu comprar uma aplicação chamada TBH, que funciona apenas nos EUA, é dirigida a adolescentes, e que se apresenta como uma plataforma de mensagens positivas

A TBH (o nome significa to be honest, “para ser sincero”) mostra aos utilizadores perguntas como “Quem tem o melhor sorriso?” ou “Quem tem mais probabilidades de ser presidente?”. As questões são feitas pelos criadores da aplicação, mas os utilizadores podem sugerir perguntas (que são revistas antes de serem mostradas). Cada pergunta é acompanhada por uma lista de amigos, que são as várias opções de resposta. Quando o utilizador escolhe um amigo, este é notificado de que foi seleccionado como resposta para aquela pergunta, mas não sabe quem foi a pessoa que o seleccionou. É apenas indicado o género e o ano de escolaridade, bem como quem eram as outras opções.

“Desenvolvemos a TBH porque acreditamos que as redes sociais devem fazer-nos sentir melhor sobre nós próprios – não pior”, explica o site da aplicação, que foi lançada em Agosto, por uma equipa de quatro programadores e designers na Califórnia. Funciona apenas para os alunos de escolas em alguns estados americanos, e só está disponível para iPhone e iPad. Está previsto o lançamento de uma versão para Android.

A compra é mais um exemplo da estratégia do Facebook de comprar aplicações que funcionam como redes sociais online e que podem de alguma forma ser concorrentes. Para além do WhatsApp, uma aplicação de partilha de mensagens, e do Instagram, de partilha de fotografias, a empresa também tentou comprar o Snapchat, que preferiu manter-se independente e entrar em bolsa. Várias funcionalidades do Snapchat têm sido desde então mimetizadas pelo Facebook, tanto nas aplicações que desenvolve (como o Messenger), como no Instagram.

No comunicado em que anunciam a venda, os criadores dizem que partilham com o Facebook “muitos dos mesmos valores centrais sobre ligar pessoas através de interacções positivas”. O valor do negócio não foi revelado, mas o site especializado TechCrunch avançou que a aquisição foi feita por menos de 100 milhões de dólares, um valor reduzido tendo em conta a lista de compras do Facebook. A aplicação, que foi descarregada cinco milhões de vezes, continuará a funcionar de forma autónoma, mas os criadores vão tornar-se funcionários do Facebook.

“Enquanto a última década da Internet tem sido focada numa comunicação aberta, a próxima meta será em torno de ir ao encontro das necessidades emocionais das pessoas”, lê-se no comunicado.

 

 

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