O sucessor e o braço direito

O Congresso do Partido Comunista Chinês junta mais de dois mil delegados em Pequim, mas para além do secretário-geral, Xi Jinping, há dois outros nomes cujo destino importa seguir.

Chen Min'er é visto como potencial sucessor de Xi Jinping
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Chen Min'er é visto como potencial sucessor de Xi Jinping Reuters/Tyrone Siu
Wang Qishan está à frente da campanha anti-corrupção no PCC
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Wang Qishan está à frente da campanha anti-corrupção no PCC Reuters/JASON LEE

Chen Min’er
Aos 57 anos, Chen Min’er é uma estrela em ascensão no firmamento do PCC. Em 2013, tornou-se governador da província de Guizhou, onde um boom da construção permitiu a manutenção de um ritmo de crescimento que o punha à frente de outras regiões mais conceituadas. No Verão, o afastamento cirúrgico do líder de Chongqing, Sun Zhengcai, levou-o para a frente de uma província que lhe abre agora a porta do Comité Permanente. O bom currículo, associado à sua proximidade com Xi – com quem trabalhou na província de Zhejiang – fazem de Chen um dos favoritos a suceder-lhe em 2022. A sua subida ao Comité Permanente irá também servir de teste à força do actual secretário-geral perante as outras facções.

Wang Qishan
É um dos homens mais temidos na China, cujo rosto deve assombrar desde o mais poderoso dirigente ao mais comum militante. Wang Qishan é o responsável número um pela campanha anti-corrupção lançada por Xi e que já atingiu 1,4 milhões de membros do PCC e do Exército do Povo. Tornou-se, portanto, num dos principais aliados do secretário-geral, mas o seu futuro é um dos segredos mais bem guardados em Pequim. A sua recondução no Comité Permanente seria natural, do ponto de vista de Xi, mas com 69 anos, Wang atingiu o limite de idade fixado por Deng para a renovação das elites. Mas especula-se que Xi force a sua manutenção, quebrando aquela que é uma regra informal.

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