Maduro declara vitória nas regionais, oposição fala em fraude

Comissão eleitoral diz que Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, conseguiu 17 dos 23 lugares de governador. MUD só conseguiu cinco.

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Nicolás Maduro em Caracas, a festejar a vitória nas regionais EPA

A comissão eleitoral da Venezuela anunciou que o Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, venceu 17 dos 23 lugares de governador que foram disputados nas eleições regionais de domingo.

O Presidente, Nicolás Maduro, classificou os resultados como uma vitória esmagadora do chavismo - "o chavismo está de volta, triunfante", disse. Já a oposição, disse que houve fraude.

A Mesa de Unidade Democrática (MUD) recusou reconhecer o resultado e pediu para ser feita uma auditoria, disse o director de campanha desta coligação de partidos da oposição, Gerardo Blyde. "Nem os venezuelanos nem o mundo vão engolir esta ficção".

Os resultados das eleições de domingo foram anunciados pela presidente da comissão eleitoral, Tibisay Lucena. Este órgão é dominado por lealistas e a oposição acusa-o de ser parcial.

A MUD esperava um bom resultado nas regionais depois de meses de campanha contra Maduro. Nas eleições legislativas de 2015, o Partido Socialista Unido perdeu a maioria no Parlamento, o que abriu uma crise institucional que levou à suspensão do órgão legislativo - os poderes foram repostos, mas entretanto foi criada uma Assembleia Constituinte e, enquanto esta estiver em funções, o parlamento está oficialmente parado. 

Na última sondagem publicada no país, realizada pela Datanalisis, o partido de Maduro surge com apenas 21% das intenções de voto e 45% dos inquiridos disseram pretender votar em candidatos da oposição. Por isso, a oposição diz que as regionais foram fraudulentas, diz a BBC. A MUD esperava vencer 18 estados.

Outra sondagem citada pela BBC diz que a popularidade de Maduro subiu seis pontos depois das sanções dos Estados Unidos contra o Presidente venezuelano e membros da sua equipa mais próxima.

A MUD conseguiu ganhar em Mérida e Táchira - o centro da contestação ao regime -, assim como em Anzoátegui, Nueva Esparta e Zulia. A oposição controlava três estados, agora controla cinco.

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