O assédio sexual não acontece só no cinema, mas também na moda, denunciam modelos

Cameron Russel abriu a sua conta de Instagram a quem queira contar a sua história e criou a hashtag #MyJobShouldNotIncludeAbuse.

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Getty Images

Depois do escândalo que envolve o produtor cinematográfico Harvey Weinstein, a modelo norte-americana Cameron Russell decidiu publicar na sua conta de Instagram histórias de mulheres que, na profissão que exerce, tenham sofrido de assédio sexual para mostrar que este problema não é exclusivo da indústria cinematográfica, mas faz também parte do mundo da moda.

A hashtag criada para estas histórias é #MyJobShouldNotIncludeAbuse, que significa "o meu trabalho não deveria incluir abuso sexual". O resultado desta iniciativa, onde quem participa pode fazê-lo anonimamente, tem sido grande, uma vez que em apenas três dias a modelo já recebeu mais de 70 histórias. 

Tudo começou quando uma amiga de Russell lhe contou o que tinha acontecido quando tinha 15 anos e um fotógrafo abusou dela, enquanto a madrasta se encontrava na divisão ao lado. Essa modelo pediu a Russell se podia partilhar a sua história e incentivar outras pessoas a imitarem-na.

Nesse primeiro post, Cameron Russell escreve: "Dizemos como é difícil partilhar histórias de assédio quando são a norma e ao falarmos delas parece que estamos a romper com qualquer coisa e a ser pouco profissionais. Por diversas vezes têm-me apelidado de feminista por denunciar situações como apalpões, beliscões, palmadas, pressões para sair, telefonemas e mensagens de cariz sexual, etc."

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