PEV vai propor taxa sobre lucros das celuloses para plantar espécies autóctones

Proposta de alteração para o OE2018 reverterá para a plantação de espécies autóctones e de folhosas e decorre da análise que o partido fez do relatório da comissão independente

Foto
Sergio Azenha (colaborador)

O Partido Ecologista "Os Verdes" vai propor, em sede de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), uma contribuição extraordinária sobre os lucros das indústrias da celulose, decidiu no sábado o seu Conselho Nacional, em Lisboa.

"[A iniciativa] visa a criação de uma contribuição extraordinária sobre os lucros do sector das celuloses, tal como existe no sector energético, que reverterá para a plantação de espécies autóctones e de folhosas", segundo fonte ecologista.

A reunião dirigente máxima entre Convenções Nacionais do PEV também se debruçou sobre os resultados das eleições autárquicas, em que concorreu juntamente com o PCP na Coligação Democrática Unitária (CDU), deliberando que o desfecho "ficou aquém do esperado", e analisou a proposta de OE2018, considerando que a mesma "vem dar sequência às linhas de orientação" começadas em 2016.

Sobre o relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) nomeada para analisar os incêndios rurais de Junho na região Centro, em particular o fogo que deflagrou em Pedrógão Grande, os Verdes realçam as "muitas debilidades que vêm ao encontro das preocupações, alertas e propostas" do partido, nomeadamente "orientações na política florestal portuguesa que se têm averiguado erradas e dramáticas para a defesa da floresta contra incêndios", sobretudo no "ordenamento".

O PEV defende, entre outras medidas, "a necessidade e urgência de se promover uma floresta diversificada que incorpore espécies de folhosas e de crescimento lento" e "apoios para compensar a não existência de rendimentos durante alguns anos para a criação da floresta de carvalhos, castanheiros e outras folhosas".

Sugerir correcção
Ler 1 comentários