Onze anos depois de Roger Federer derrotar Rafael Nadal na Masters Cup, Xangai volta a ser palco de mais um episódio da rivalidade iniciada em 2004. O episódio 38 da “Fedal” terá como cenário a final do Shanghai Rolex Masters e, embora não seja decisiva, poderá ser determinante para a luta pelo primeiro lugar do ranking no final da época.

Nadal lidera a contabilidade entre ambos, por 23-14, mas o suíço de 36 anos tem razões para estar optimista, pois venceu os últimos quatro duelos, três dos quais neste ano — a derradeira vitória do espanhol data de Janeiro de 2014, na meia-final do Open da Austrália. Além disso, Federer (2.º no ranking) vem de uma saborosa vitória, nas meias-finais, sobre Juan Martín del Potro (23.º), com quem tinha perdido no último confronto, no Open dos EUA. “Senti uma boa energia e tentei elevar o nível depois de Juan Martín não me ter deixado jogar no primeiro set. Nos courts rápidos, o importante são os break-points; o outro também pode jogar bem e não podemos fazer nada”, reconheceu Federer, após vencer Del Potro, por 3-6, 6-3 e 6-3.

O argentino não acusou qualquer desconforto pela pequena lesão sofrida na véspera, quando caiu sobre o pulso esquerdo, e aproveitou o único break-point de que dispôs, no set inicial, mas não conseguiu manter a mesma eficácia quando o adversário começou a variar mais. “Senti-me bem no aquecimento e decidi jogar, pois defrontar Roger é sempre uma honra. Ele jogou melhor que eu em alguns momentos e penso que os courts muito rápidos ajudam-no muito”, disse Del Potro, que irá regressar ao top 20, do qual saiu em Outubro de 2014.

Nadal vai disputar a 10.ª final este ano mas sentiu dificuldades para somar a 16.ª vitória consecutiva, por 7-5, 7-6 (7/3), diante de Marin Cilic (5.º). O líder do ranking salvou dois set-points, quando serviu a 4-5 na partida inicial, e sofreu um break quando servia para fechar o encontro, a 5-4, mas acabou por impor-se no tie-break. “Mais uma grande exibição, mas ele também jogou bem. Estou muito contente com tudo, excepto alguns erros no segundo serviço”, garantiu Nadal. O espanhol tem 2300 pontos de vantagem sobre Federer e a vitória em Xangai dará 400 pontos mais ao vencedor, quando há ainda o Masters 1000 de Paris e o ATP Tour Finals por realizar.

Também na China, Maria Sharapova vai discutir o título em Tianjin, a sua primeira final desde 2015 e desde o regresso à competição após a suspensão por doping.