Cartas ao director

Catalunha

Como espanhol a viver agora em Lisboa, escrevo esta carta para que os meus amigos portugueses possam conhecer a verdadeira face supremacista do fanatismo nacionalista na Catalunha, porque também eles, os portugueses, são interpelados no artígo que, já em 2008, escreveu Orial Junqueras, atual vice-presidente económico do governo catalão. Traduzo literalmente um fragmento das palavras de Junqueras: “Em concreto, os catalães têm mais proximidade genética com os franceses do que com os espanhóis; mais com os italianos do que com os portugueses, e um pouco com os suíços; pelo contrário, os espanhóis apresentam mais proximidade com os portugueses do que com os catalães e muito pouca como os franceses. Estranho...”.

Pablo Zambrano Carballo, Lisboa

 

Notícias do mundo

Sou dos que agradecem diariamente o facto de o PÚBLICO continuar a existir e a manter-se como jornal de referência e modelo de jornalismo. Mas venho fazer um apelo: por favor reformulem a ordenação das temáticas. A ordenação actual, que coloca as notícias do Mundo depois da Economia, é uma das mais nefastas heranças da direção de José Manuel Fernandes e uma opção sem paralelo entre diários de referência europeus. Nestes tempos alucinantes de acontecimentos à escala mundial, colocar as notícias mais importantes depois da Política, da Sociedade, do Local e até da Economia — a não ser que alguma delas tenha a sorte de ser o Destaque desse dia — é paroquial e aflitivo. Apelo também a que aumentem o número relativo de páginas e de notícias sobre o que se passa no mundo, dando-lhes o devido destaque na 1ª página. 

Alexandre Delgado, Lisboa

 

Os discípulos de Sócrates

Não vimos falar de Sócrates, o grego que bebeu cicuta! Não. Este Sócrates que antes governou a nação com maioria bebe champanhe caro, veste roupa de marca, tem casa em Paris e gasta à grande e francesa!

Mas hoje o castelo ruiu. Na enxurrada, com ele, sobrenadam para nosso espanto, figuras ilustres e poderosas acusadas de se haverem locupletado com o nosso dinheiro! Que triste espectáculo este! Que momento desolador e deprimente para todos nós que durante anos assistimos as mais descaradas encenações. Agora já não basta uma reforma na administração pública que os partidos políticos sempre prometem mas não cumprem. Agora, é urgente uma reforma nas mentalidades e nos procedimentos. Líderes sérios, governos fortes e patrióticos. Teremos sorte ou saberemos escolher?

José Manuel Pavão, Porto

 

A grande burla

Entrar em discussões quando os ânimos estão estremados, é o mesmo que apagar o fogo com  gasolina. Voltando à Autoeuropa, é público e notório que a CGTP, fez tudo para ter uma influência dominante em detrimento da Comissão de Trabalhadores. A badalada exploração dos trabalhadores com turnos nos fins-de-semana, privação do convívio com as famílias no fim-de-semana, isto tudo com uma compensação salarial e aumento de férias, é uma burla na vitimização desses trabalhadores. Enquanto os sindicatos estiverem dominados pelos partidos políticos, está tudo estragado.

Duarte Dias da Silva, Lisboa 

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