Joana e Patrícia querem que façamos compras de consciência tranquila

Plataforma online portuguesa vai vender produtos baseando-se em critérios ecológicos e sociais. Site está disponível no próximo mês.

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As criadoras da plataforma: Joana Cunha e Patrícia Imbarus DR

Tudo começou com The True Costs, um documentário que explica como a indústria da moda funciona, desde a produção do algodão até à roupa estar na loja, conta Joana Cunha. Foi assim, depois de assistirem a um filme que mostra não só as consequências para o ambiente como a exploração infantil promovida por esta indústria, que a jovem com formação em marketing e a amiga Patricia Imbarus decidiram criar uma plataforma online que junta produtos de moda, beleza e casa, todos escolhidos com preocupações sociais e ambientais. O lançamento está previsto para Novembro.

Movidas pelo documentário – e “com um peso na consciência” por terem “contribuído para uma indústria virada para o consumismo rápido” –, as criadoras começaram a descobrir uma vasta gama de marcas sustentáveis, com um impacto positivo, tanto a nível ambiental como social. “Apercebemo-nos que essas marcas não se conseguiam posicionar, uma vez que lhes faltavam competências na área da gestão e marketing. Foi dessa forma que decidimos acrescentar-lhe valor, já que, tanto eu como a Patrícia, temos formação académica nesta área”, conta Joana Cunha ao Culto.

A paixão por este mundo cresceu e foi na última edição do Greenfest, realizado de 28 de Setembro a 1 de Outubro, no Estoril, que Joana Cunha e Patrícia Imbarus abriram ao público a primeira pop up store com cerca de 50 marcas consideradas sustentáveis porque o contacto físico com o público também é importante.

Além da presença em eventos e da plataforma, que vai ser lançada no próximo mês, as criadoras têm também uma preocupação com a educação. “Queremos criar uma comunidade e uma vertente educacional, que no fundo é a nossa razão de existir”, diz Joana Cunha. Por isso, vão partilhar entrevistas a pessoas que estão ligadas à sustentabilidade.

Para as empresárias, o Fair Bazaar distingue-se pelo storytelling  e pela selecção de produtos segundo uma “avaliação rigorosa”. Joana Cunha explica que os produtos não têm de ser vegan, uma vez que esta plataforma pretende chegar a “vários nichos” – “Vegans, pessoas que gostem de produtos ecofriendly ou reciclados, de artesanato, etc. Do lado do consumidor nota-se um crescimento enorme. As pessoas começam a ficar mais conscientes e procurar uma solução, primeiro a nível da alimentação e depois em relação à roupa, produtos de beleza e utensílios para casa.”

Planos para o futuro? Em relação ao site, que será primeiro testado em Portugal, as fundadoras ambicionam divulgá-lo, numa primeira fase, no Reino Unido; e depois, em toda a Europa. Os prazos ainda não estão estabelecidos.

Texto editado por Bárbara Wong

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