Costa diz que Governo assumirá responsabilidades políticas "se for caso disso"

Primeiro-ministro garante que vai fazer uma "reflexão" sobre o documento e tirar "ilações em termos de responsabilidade". António Costa pede "consenso" para reformas.

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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António Costa apareceu com a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, ao lado para reagir ao relatório da comissão de peritos que avaliou o que aconteceu nos incêndios de Pedrógão Grande. Apenas tendo lido "a nota divulgada à comunicação social", o primeiro-ministro diz que vai agora fazer uma"reflexão" sobre o documento e "tirar as ilações em termos de responsabilidades" que forem indentificadas. Quanto a responsabilidades políticas, também serão tiradas "se for caso disso", disse.

Numa conferência de imprensa depois da reunião com o presidente da comissão de técnicos independentes, António Costa garantiu que o Governo vai aceitar as responsabilidades que foram identificadas pelos peritos. "As responsabilidades são aquelas que resultam do relatório e recebê-las-emos integralmente", disse aos jornalistas. 

Quanto às recomendações que constam do documento, António Costa lembra que estas serão analisadas no Conselho de Ministros da próxima semana, mas que servirão de guia para a reforma florestal que quer completar e para uma reforma da protecção civil. "As recomendações iremos analisá-las e serão o nosso programa para completar a reforma da florestas e para a reforma do sistema de prevenção e combate aos fogos", disse.

E é aqui que o governantes apela a que este relatório seja "a base de um consenso político e social alargado que permita ao país tomar as medidas necessárias para prevenir a repetição de novas tragédias".

Nas respostas aos jornalistas, o primeiro-ministro quis ainda deixar uma palavra aos membros da comissão pelo "trabalho muito exigente, num espaço de tempo muito apertado e com grande rigor científico". "Ao longo destes meses souberam trabalhar com discrição permitindo hoje que a Assembleia da República, o Governo e a sociedade em geral possam dispor de informação sobre o que aconteceu para apuramento das responsabilidades".

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