Messi salva Argentina

Avançado do Barcelona fez hat-trick e carimbou apuramento. Uruguai e Colômbia também apurados. Chile fica de fora.

Messi marcou os três golos da Argentina na vitória sobre o Equador
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Messi marcou os três golos da Argentina na vitória sobre o Equador Reuters/HENRY ROMERO
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O Chile está fora do Mundial Reuters/PAULO WHITAKER
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James Rodríguez marcou e a Colômbia apurou-se LUSA/ERNESTO ARIAS

Não haverá um Mundial de futebol sem Lionel Messi, porque o argentino se encarregou de tratar do próprio destino. Depois de o Equador se ter colocado em vantagem, o avançado do Barcelona desfez quaisquer dúvidas e marcou três golos que deram a vitória (1-3) à Argentina e carimbou o passaporte para o Mundial da Rússia no próximo ano.

A Argentina, que terminou no terceiro lugar da zona de qualificação sul-americana, contou ainda com a ajuda do Brasil, que venceu o Chile (3-0) e deixou os vencedores da Copa América fora da Rússia, e da Colômbia, que empatou frente ao Peru. Os colombianos qualificaram-se directamente, assim como o Uruguai (que bateu a Bolívia por 4-2), enquanto os peruanos vão jogar o play-off frente à Nova Zelândia.

Em Quito, a 2850 metros de altitude, Romario Ibarra colocou o Equador em vantagem logo aos 38 segundos, mas foi Messi quem brilhou mais alto. O avançado do Barcelona fez o empate aos 12’, após uma tabela com o ex-benfiquista Di María; deu a volta ao resultado com violento remate (20’) e descansou a sua equipa com um chapéu (62’).

Messi reconheceu, no entanto, que “não foi fácil” entrar para a última ronda no sexto lugar: “Fomo-nos metendo nesta situação e passaram-nos um monte de coisas pela cabeça. Tememos ficar fora”, admitiu o jogador, que agora pensa em ganhar o Mundial. ““oi injusto o que se passou no Mundial (de 2014) e nas duas últimas edições da Copa Américas (2015 e 2016). Merecíamos ter ganhado as três finais. Oxalá, possamos ter nova oportunidade. Para já, temos de preparar-nos bem e pensar em melhorar.”

Este foi o quinto hat-trick de Messi pela Argentina e o primeiro em eliminatórias para o Mundial: o número dez soma agora 61 golos, em 122 jogos pela selecção: com ele, na qualificação, o conjunto “albi-celeste” somou 21 pontos, em dez jogos. Sem ele, apenas sete, em oito encontros.

Os argentinos, campeões em 1978 e 1986, garantiram a 17.ª presença e 12.ª consecutiva com o terceiro lugar, com 28 pontos, a três do Uruguai, que, como se esperava, selou o apuramento, em segundo, ao bater em casa a Bolívia por 4-2, num embate em que foram os seus jogadores a apontar os seis golos.

Gaston Silva, a abrir, aos 24 minutos, e Diego Godín, a fechar, aos 79, marcaram na própria baliza, mas, pelo meio, Martin Caceres, aos 39, Edinson Cavani, aos 42, e Luis Suárez, aos 60 e 76, acertaram no sítio certo e qualificaram a “celeste”.

Na formação uruguaia, que estará no Mundial, que venceu em 1930 e 1950, pela 13.ª vez e terceira seguida, o portista Maxi Pereira entrou aos 77 minutos e o ‘leão’ Coates não saiu do banco.

A outra vaga em aberto para a fase final foi conquistada pela Colômbia (sexta presença na fase final e segunda consecutiva, depois do quinto posto em 2014), que empatou 1-1 no Peru, onde se adiantou aos 56 minutos, com um golo de James Rodríguez.

Os peruanos acabaram por chegar à igualdade, aos 74 minutos, por Paolo Guerrero e também festejaram, já que o quinto posto permite-lhes jogar um play-off intercontinental, face à Nova Zelândia, vencedora da qualificação na Oceânia.

A formação de Ricardo Gareca somou os mesmos 26 pontos do Chile, mas ficou à frente dos bicampeões sul-americanos em título, que foram sextos, na diferença de golos (27-26 contra 26-27).

A “culpa” foi do há muito apurado Brasil, que recebeu e bateu os chilenos por 3-0, com um golo do ‘catalão’ Paulinho, aos 55 minutos, e dois de Gabriel Jesus, aos 57 e 90+3. Na “era” Tite, os ‘canarinhos’ somaram oito triunfos e dois empates.

No sétimo posto, ficou o Paraguai, que garantiria o play-off com uma vitória, mas não foi capaz de marcar na recepção à Venezuela e ainda acabou derrotado, por culpa de um golo de Yangel Herrera, aos 84 minutos. Os venezuelanos não tinham vencido fora.

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