Há três anos começou o capítulo mais brilhante da selecção

Completam-se três anos desde o primeiro jogo de Fernando Santos no comando da selecção nacional.

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JOHN SIBLEY

Há três anos a selecção portuguesa iniciava um novo capítulo: Fernando Santos tinha sido anunciado oficialmente como sucessor de Paulo Bento no comando técnico da equipa nacional duas semanas antes, e estreava-se com uma derrota em França, num encontro de carácter particular. Apesar de pouco auspicioso, era o início de uma caminhada que teria um momento muito feliz. Precisamente no mesmo recinto, e contra o mesmo adversário, Portugal conquistaria o título de campeão europeu no Euro 2016.

Três anos depois, Fernando Santos conseguiu outro final feliz. Em 2014, quando se estreou, estava “obrigado” a recolocar a qualificação para o Europeu de França no bom caminho – o apuramento tinha começado muito mal, com uma derrota embaraçosa diante da Albânia. Agora, a caminhada para o Mundial 2018 também começou de forma negativa, mas Fernando Santos garantiu outro desfecho favorável às cores portuguesas. A equipa nacional manteve durante 13 meses a perseguição à Suíça, com quem perdeu na primeira jornada da fase de qualificação, e na derradeira ronda impôs-se na Luz e ficou com o primeiro lugar no Grupo B e o apuramento directo para a fase final que vai decorrer na Rússia.

O triunfo de terça-feira sobre os suíços foi o 30.º do percurso de Fernando Santos, num total de 44 jogos disputados (uma percentagem de vitórias superior a 68%). A selecção marcou 87 golos e sofreu 28 e tem uma média de posse de bola por jogo acima dos 55%.

Ainda que numa fase inicial tenha recorrido a nomes experientes como Tiago, Danny, Ricardo Carvalho ou Ricardo Quaresma, que regressaram às opções da equipa nacional após ausências mais ou menos prolongadas, os três anos de Fernando Santos têm tido reflexo no rejuvenescimento da equipa. Um total de 24 futebolistas fizeram a estreia absoluta na selecção pela mão do engenheiro – desse lote, 11 integravam a convocatória para o duplo compromisso com Andorra e Suíça (Anthony Lopes, Cédric Soares, José Fonte, Nélson Semedo, Danilo, João Mário, Renato Sanches, André Silva, Bernardo Silva, Gelson Martins e Gonçalo Guedes) e vários já entram no grupo das certezas na equipa nacional.

Rui Patrício é quem mais minutos somou desde que Fernando Santos pegou na selecção, mas o guarda-redes do Sporting não é o futebolista mais utilizado pelo técnico: esse título pertence a Ricardo Quaresma, que foi opção em 37 dos 43 jogos (Rui Patrício fez 35 jogos). Os três anos de Fernando Santos também ficam marcados por um rendimento superlativo do capitão Cristiano Ronaldo, que marcou nada menos do que 29 golos em 32 partidas. O madeirense é, de longe, o melhor marcador da selecção nestes três anos, seguido por André Silva, que se estreou pela mão de Fernando Santos e marcou 10 golos em 16 encontros.

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