Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie entre as mulheres que acusam Harvey Weinstein de assédio

À revista New Yorker, três mulheres acusam o produtor de Hollywood de as violado. New York Times publica os relatos das actrizes Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie.

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Harvey Weinstein LUSA/PETER FOLEY

A cada dia que passa a lista de mulheres que denunciam em público os avanços sexuais indesejados de Weinstein não pára de crescer. Também nesta terça-feira, o New York Times revela outras histórias, incluindo das famosas actrizes Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie. A primeira conta que, quando tinha 22 anos, foi convidada para um hotel, tocando-lhe e sugerindo uma "massagem". "Eu era uma criança", diz a actriz. "Estava horrorizada", acrescenta.

Jolie relata um incidente semelhante que aconteceu no mesmo hotel: "Eu tive uma má experiência com o Harvey Weinstein na minha juventude e, como resultado, escolhi nunca mais trabalhar com ele e avisei outras que o fizeram", diz ao jornal norte-americano. "Este comportamento em relação às mulheres é, em qualquer campo, em qualquer país, inaceitável", afirma ainda.

Depois de na semana passada ter vindo a público que o produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, negociou ao longo dos últimos 30 anos acordos sigilosos com pelo menos oito mulheres que o acusavam de assédio sexual, outras três mulheres denunciaram que foram violadas por Weinstein, que “nega inequivocamente” as novas acusações.

Numa investigação da revista New Yorker, conta-se que a actriz e realizadora italiana Asia Argento, uma antiga aspirante a actriz, Lucia Evans, e uma mulher não identificada acusam o produtor de as forçar a praticar actos e relações sexuais.

No mesmo artigo, quatro outras mulheres dizem que Weinstein lhes tocou sem consentimento de uma maneira “que poderia ser classificada como assédio”.

O mesmo artigo, assinado por Renan Farrow, filho da actriz Mia Farrow, divulga uma gravação obtida pela polícia de Nova Iorque onde Weinstein parece admitir ter agarrado a modelo Ambra Battilana Gutierrez que, na altura em que denunciou o caso, afirmou que o produtor costumava comportar-se desta maneira.

“Qualquer alegação de sexo não-consentido são negadas inequivocamente por Weinstein”, disse uma porta-voz do produtor à revista.

Depois da publicação da primeira investigação sobre o passado de Weinstein, por parte do New York Times, o produtor pediu desculpa pelo seu comportamento, apesar de desmentir grande parte das acusações que lhe fizeram, anunciando até que se iria retirar da sua empresa – que entretanto o despediu para abrir uma investigação interna – para procurar tratamento terapêutico. 

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