Há 15 camas vazias num albergue do Porto

Novos acordos de cooperação com a Segurança Social e revisão de acordos em vigor estão sujeitos a novas regras,

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Paulo Pimenta

Há 15 camas vazias desde Março numa das estruturas da Associação de Albergues Nocturnos do Porto. A instituição aguarda pela revisão do protocolo de cooperação com a Segurança Social.

Há só duas respostas de primeira linha no Porto. A Associação de Albergues Nocturnos do Porto soma 82 vagas, entre o Albergue D. Margarida de Sousa Dias, na Baixa, e o pólo de acolhimento nocturno de Campanhã. E a Associação para a Promoção da Saúde Norte Vida outras 17 na Casa da Vila Nova, em Aldoar.

As recentes obras de requalificação feitas no Albergue D. Margarida de Sousa Dias representam um acréscimo de 11 vagas para homens e quatro para mulheres. Só que essas camas só podem ser usadas depois de revisto o acordo de cooperação com a Segurança Social, diz o director técnico, Miguel Neves.  

Os novos acordos de cooperação e a revisão de acordos em vigor estão sujeitos a novas regras, as do Programa de Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o Desenvolvimento de Respostas Sociais, aprovado pelo Governo em Março. Através de despacho publicado a 15 de Maio, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social aprovou o primeiro aviso de abertura de candidaturas. A candidatura foi então apresentada. A associação aguarda resposta. “A candidatura está a seguir o processo normal”, salienta Miguel Neves. “Está em análise.”

Conhece as necessidades. “Estamos a ser contactados por várias entidades”, afiança. “Muitas estão a contactar connosco pela saída ou a antecipar a saída de utentes, e que foram avisadas que a partir de determinada data determinado prédio deixa de funcionar como pensão ou casa que aluga quartos, vai ser vendida ou vai entrar em obras, vai ser um hostel, uma guest house, um alojamento local.”

Há um ano, a Câmara do Porto anunciou a transformação de uma ala do antigo Hospital Joaquim Urbano num centro de emergência. Seria uma resposta imediata, com a porta aberta 24 horas por dia, entre a rua e os albergues. Diversas datas foram anunciadas, mas a resposta continua a não existir. 

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