Música

Concerto em escala maior para piano, guitarra e batuta

Os 45 anos de carreira do músico e compositor Jorge Palma foram assinalados com dois concertos únicos, em Lisboa e no Porto, com a Orquestra Clássica do Centro, sob direcção artística do maestro Rui Massena.

Paulo Pimenta
Fotogaleria
Paulo Pimenta

Os 45 anos de carreira do músico e compositor Jorge Palma foram assinalados com dois concertos únicos, em Lisboa e no Porto, com a Orquestra Clássica do Centro, sob direcção artística do maestro Rui Massena.

Nas reportagens e entrevistas que deram para explicarem a razão deste (só aparentemente) insólito encontro, o músico Jorge Palma e o maestro Rui Massena frisam que se conhecem há muitos anos. E nos 45 anos de carreira, apeteceu a Jorge Palma experimentar um espectáculo com uma orquestra clássica – porque também foi na música clássica que ele começou.

O maestro Rui Massena disse-se logo sim, entusiasmado, assumiu que o namoro para este projecto começou há seis meses. E os ensaios, minuciosos, com a Orquestra Clássica do Centro levaram três meses. Independentemente dos dias que se risquem no calendário, é já certo que resultaram em dois momentos irrepetíveis – o último dos quais no palco do Coliseu do Porto, este sábado.

Foi um desfiar de canções (quase uma vintena) e um desfile de cumplicidades, que foram visíveis nos bastidores e que se pressentiram no palco. Houve Jorge Palma a solo, ao piano, à guitarra, com a banda e à batuta, à frente da orquestra (foi durante escassíssimos minutos, anunciados pelo próprio como “o início de uma grande carreira de maestro”).

A sensação de privilégio e de celebração sentia-se no placo, e arrebatou a audiência, que conhecia de cor e salteado as músicas, e se deixou surpreender pelos arranjos para orquestra que vestiram algumas das mais conhecidas canções, como Frágil, O Lado Errado da Noite, Dá-me Lume, Bairro do Amor ou o Encosta-te a mim.

Jorge Palma não falou muito (não precisava – disse que estava à frente do melhor publico do mundo, logo á sexta canção), Rui Massena também não. Não precisavam. Se dúvidas sobre a cumplicidade de ambos existissem, elas ficaram dissipadas quando no segundo encore (ou seria terceiro?) ambos se sentaram ao piano para improvisar notas e arrancar sorrisos – tocaram as primeiras notas de músicas clássicas e músicas infantis, trocaram de lugares e de mãos, para terminarem abraçados. Foram duas horas de musica e de festa, que terminou com a canção tão previsível quanto necessária: “A gente vai continuar”. Que haja muita estrada a andar. Luísa Pinto

Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta