Para o Governo furto de armas nos Comandos foi "um crime muito grave"

Em 2011 desapareceram dez armas que não podem ser compradas no mercado formal, no valor global de 6228 euros.

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Santos Silva era então ministro da Defesa Miguel Manso

No lote das armas desaparecidas da Carregueira, estavam duas espingardas automáticas G3, uma espingarda de assalto SIG SG 543, duas pistolas metralhadoras HK MP5 SD6, uma pistola HK USP (silenciador), como pertença do Exército e consideradas material de guerra de acordo com o Código de Justiça Militar, e ainda três pistolas HK P30 V3, material pertencente à empresa Defmat, que não eram material de guerra.

No total, eram dez armas que não podem ser compradas no mercado formal, no valor global de 6228 euros. Augusto Santos Silva, que era ministro da Defesa, disse então “haver indícios de um crime muito grave” na unidade de Comandos da Carregueira, em Sintra.  

"O Exército tomou as providências necessárias e tem o total apoio do ministro da Defesa no apuramento das responsabilidades, incluindo criminais", acrescentou Santos Silva, remetendo para as Forças Armadas as respostas sobre as medidas tomadas pelo Exército e se estas se estenderiam a outras unidades militares.

Seis meses depois do desaparecimento do material de guerra, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, garantiu que o roubo não tinha sido “esquecido”. E disse: “Temos sobre isso uma posição muito clara: os Comandos têm memória e não perdoam. Havemos de saber quem foi e nessa altura pagarão», acrescentou, em declarações registadas na altura pela Lusa.

O responsável militar adiantou ainda que o roubo estava a ser investigado pela Polícia Judiciária Militar e que tudo o que o Exército tinha de fazer tinha sido feito.

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