Papa defende que igreja tem de fazer mais contra abusos de menores

"Surgiram factos muito sérios dos quais devemos reconhecer a nossa responsabilidade", afirma Francisco.

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Papa Francisco saúda uma criança à margem do congresso que decorre em Roma Reuters/OSSERVATORE ROMANO

O Papa Francisco reconheceu nesta sexta-feira que a Igreja Católica não fez o suficiente nos últimos anos para proteger as crianças de abusos e, por essa razão, "agora deve comprometer-se profundamente".

Francisco falava no momento em que recebia os participantes do congresso promovido pelo Vaticano sobre os perigos dos abusos sexuais a menores, realizado na Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma.

"Como todos sabemos, a Igreja Católica nos últimos anos tornou-se cada vez mais consciente de que não fez o suficiente para proteger os menores: surgiram factos muito sérios dos quais devemos reconhecer a nossa responsabilidade perante Deus, perante as vítimas e perante o público", disse.

"A Igreja agora sente um dever de se comprometer, de forma cada vez mais profunda, na protecção dos menores e da sua dignidade, tanto dentro da própria igreja como em toda a sociedade", acrescentou.

O pontífice argentino argumentou que a igreja não pode trabalhar sozinha, "porque obviamente seria insuficiente" e, portanto, "ofereceu" uma colaboração activa e cordial para com todas as forças e membros da sociedade que desejarem envolver-se.

A este respeito, o papa disse que a Igreja Católica está empenhada no combate "aos maus tratos, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra as crianças", incluído no Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável 2030.

"Vamos trabalhar juntos para sempre ter o direito, a coragem e a alegria de olhar nos olhos de crianças em todo o mundo", propôs. 

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