STE: Governo quer descongelar progressões em menos de quatro anos

O efeito das progressões nos salários poderá ocorrer em menos de quatro anos, disse a dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado no final de uma reunião com o Governo.

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Maira de Fátima Fonseca e João Leão estão a receber os sindicatos da função pública Rui Gaudêncio

O Governo vai fazer um esforço para que o faseamento das progressões nas carreiras da Administração Pública seja inferior a quatro anos, mas não deu garantias de que conseguirá, afirmou a dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, no final da reunião desta sexta-feira com a equipa do Ministério das Finanças para discutir o Orçamento do Estado para 2018.

"O que o Governo diz é que tudo fará para encurtar o prazo de quatro anos. É uma intenção. Não houve garantia de que seja menos de quatro" anos, disse aos jornalistas Helena Rodrigues.

"Não conseguimos saber se são três [anos] em vez de quatro ou dois em vez de quatro", afirmou a dirigente sindical, revelando que há nova reunião marcada para a próxima quinta-feira.

Helena Rodrigues disse ainda que ficou sem saber "quem vai ter esse faseamento" e também "o que vai representar no bolso de cada um" dos trabalhadores.

Durante a reunião, relevou a dirigente, o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, reafirmou que o encargo anual previsto com o descongelamento é de 200 milhões, valor que não tem em consideração as contribuições e os impostos que os trabalhadores vão pagar.

"Em termos líquidos, o descongelamento representará um encargo de 100 milhões" para 450 mil trabalhadores, segundo as contas do STE, acrescentou Helena Rodrigues.

"Temos o compromisso do Governo que de que irá estudar e apurar as contas para dizer qual é o período de faseamento", sublinhou a sindicalista, para quem "há coisas que não estão a ser ditas".

Os sindicatos da administração pública estão esta tarde a ser novamente ouvidos pela equipa do Ministério das Finanças. Após o STE, será a vez da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e da Frente Comum. 

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