Omissão do povo judeu em memorial do Holocausto gera controvérsia no Canadá

Deputados conservadores exigiram a inclusão de uma referência aos judeus num monumento inaugurado em Otava.

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Justin Trudeau, primeiro-ministro canadiano Reuters/CLODAGH KILCOYNE

O Canadá deixou de ser, desde o final da semana passada, o único dos Aliados que combateram a Alemanha Nazi na II Guerra Mundial a não ter no seu território um monumento alusivo ao Holocausto. Mas a placa comemorativa que foi aposta para sinalizar a inauguração do monumento, na capital Otava, acabou por ser retirada depois de críticas ao facto de não conter nenhuma menção ao povo judeu e às atrocidades de que foi vítima.

A placa mencionava “milhões de homens, mulheres e crianças assassinados durante o Holocausto” mas nunca referiu, especificamente, a palavra judeu ou mencionou as práticas anti-semitas. Depois de uma semana de críticas, a placa acabou retirada. Para revisão.

A inauguração do memorial tinha contado com a presença do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que no seu discurso reafirmou o “compromisso inabalável de combater o anti-semitismo, o racismo, a xenofobia e a discriminação em todas as suas formas” e justificou a intenção de homenagear “aqueles que sentiram o pior da Humanidade”.

Foram os deputados do Partido Conservador que mais insistiriam posteriormente que a placa no monumento fosse emendada. "Se quisermos eliminar o ódio contra os judeus, é importante ter a história certa", defendeu o deputado David Sweet.

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