Quem são as vítimas do tiroteio em Las Vegas?

Já são conhecidos os nomes de algumas das vítimas do tiroteio que ocorreu no domingo, em Las Vegas. Entre os mortos estão veteranos do exército dos Estados Unidos, professores, enfermeiros e estudantes.

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Morreram 59 pessoas e 515 ficaram feridas quando Stephen Paddock abriu fogo sobre uma multidão que assistia a um concerto de música country, no Strip – a famosa avenida onde se localiza a maioria dos casinos em Las Vegas, nos Estados Unidos. Foi do 32.º andar do Mandalay Bay Hotel and Casino - um dos mais célebres da cidade norte-americana -,que Paddock atirou, sem qualquer critério, sobre 20.000 espectadores no passado domingo. 

O PÚBLICO reuniu informações sobre as vítimas identificadas, até ao momento, naquele que é considerado o tiroteio mais mortífero da história dos Estados Unidos.

Sonny Melton

O enfermeiro de 29 anos, natural da cidade de Big Sandy, no Estado de Tennesse, foi a primeira vítima do atentado de Las Vegas a ser identificada. A mulher de Sonny, Heather Melton, contou à estação televisiva WSMV que este a protegeu dos tiros durante o tiroteio, que durou cerca de dez minutos. “Ele salvou a minha vida e perdeu a dele”, referiu.

Casados há cerca de um ano, Heather diz que Sonny era “um homem carinhoso”. Ambos trabalhavam no Centro Hospitalar do condado de Henry, no Tennesse.

Jordan McIldoon

O jovem mecânico de 23 anos, Jordan McIldoon, natural da Colúmbia Britânica (Canadá), é uma das vítimas mortais do atentado no Strip. À CBS News, os pais de Jordan descrevem-no como um rapaz apaixonado por actividades ao ar livre. “Nós só tivemos um filho. Não sabemos o que havemos de fazer”, referiram os pais da vítima, que assistia ao concerto com a namorada.

Bailey Schweitzer

Natural da cidade de Bakersfield, na Califórnia, Schweitzer era recepcionista numa empresa de software na cidade onde vivia. “Bailey foi um raio de sol no nosso escritório nos dias mais encobertos. (…) Ninguém tinha um dia mau quando ela estava por perto”, disse ao Los Angeles Times Fred Brakeman, chefe executiva da empresa onde Schweitzer trabalhava.

Dana Gardner

Gardner trabalhava como assessora na Câmara Municipal do condado de San Bernardino, na Califórnia. Descrita como uma “dedicada funcionária pública”, Dana assistia com a sua filha, Kayla Gardner, ao concerto durante o ataque. Segundo o Telegraph, Kayla lamentou, através do Facebook, a morte da mãe, afirmando que toda a família está em choque com a tragédia. “Dana Gardner, gosto muito de ti!”, escreveu.

Jessica Klymchuk

Jessica Klymchuk, de 34 anos, natural de Edmonton, a capital da província de Alberta, no Canadá, era motorista. Mãe de quatro crianças, Jessica assistia ao concerto com o seu noivo no dia do ataque.

Vários conhecidos de Jessica descreveram-na, a jornais canadianos, como sendo uma “óptima e dedicada mãe”.

Quinton Robbins

Quinton foi o primeiro residente de Las Vegas a ser identificado. Segundo o The Guardian, o jovem tinha 20 anos e era estudante na Universidade de Nevada.

A tia do jovem, Kilee Wells Sanders, escreveu, no Facebook, que Quinton era um jovem “incrível”, com um “espirito amável”, com quem todos simpatizavam. “O seu riso e sorriso eram contagiantes”, vincou.

Rhonda LeRocque

Residente em Tewksbury, no Massachusetts, Rhonda assistia ao concerto de música country com o seu marido, um ministro naquele Estado norte-americano, com a sua filha e com o seu sogro. De acordo com o Telegraph, o sogro de Rhonda LeRocque conseguiu fugir com a sua neta quando começou o tiroteio.

“[O marido de Rhonda] pensava que ela se tinha deitado no chão, mas não, ela tinha sido atingida na parte de trás da cabeça”, contou à Fox News, a meia irmã de Rhonda, Jennifer Zeleneski. A família de Rhonda diz que ela era “o mais perto da perfeição que podia existir”.

Denise Burditus

Natural de Martinsville, no estado da Virgínia, Denise Burditus de 50 anos foi também uma das primeiras vitimas a serem identificadas. Mãe de quatro filhos, Denise assistia ao concerto com o seu marido, Tony Burditus.

Amigos do casal contaram ao Telegraph que Denise morreu nos braços “do apaixonado da escola secundária”.

Sandy Casey

Sandey Casey, uma professora de 35 anos, natural de Vermont, mas que trabalhava na Califórnia, é uma das vítimas do ataque de Las Vegas. De acordo com um jornal local, citado pelo Guardian, Sandy era professora de ensino especial e foi assistir ao concerto com um grupo de colegas professores. O Telegraph escreve ainda que Casey também estava acompanhada pelo seu namorado, com quem ia casar.

“Enquanto me sento a murmurar por uma vida tão bonita que se foi tão depressa, tudo o que posso dizer é olha para os pássaros a voar livres e alto e sinto que estás a sorrir para todos nós”, escreveu o marido de Sandy no Facebook.

Rachael Parker

Natural de Manhattan Beach, na Califórnia, Rachael Parker trabalhava há dez anos como polícia. Rachel Parker foi assistir ao concerto em Las Vegas com três colegas polícias, sendo que nenhum deles ficou ferido com gravidade.

À rádio KXLY, da cidade de Spokane (Washington), a mãe de Rachel contou que ela era uma pessoa “brilhante” e tinha “um coração de ouro”.

Já o capitão da polícia de Manhattan Beach, Tim Hageman, conta que sempre que se cruzava com Rachel, esta acenava-lhe e sorria. “Vamos sentir a sua falta”, garantem os seus companheiros.

Angela Gomez

Entre as vítimas do ataque está Angela Gomez, antiga estudante do Politécnico de Riverside, na Califórnia. O anúncio da morte de Angela foi feito através do Facebook pela própria instituição.

Os trabalhadores do estabelecimento de ensino descrevem a antiga cheerleader como “uma jovem divertida com um grande sentido de humor”, com um “grande coração quente e um espírito amável”.

Charleston Hartfield

Conhecido como “Coach Chuck” no terreno, Charleston estava em Las Vegas na noite do tiroteio. Com apenas 34 anos, o oficial da polícia e veterano do exército dos Estados Unidos, era considerado pelos seus colegas “um irmão”, que dizem ser o melhor homem que alguma vez conheceram.

“Dizem que são sempre os melhores que partem primeiro. Não existe uma afirmação mais verdadeira do que essa com o Charles”, diz Troy Rhett, amigo de Charleston Hartfield há mais de oito anos.

Adrian Murfitt

Adrian Murfitt é uma das 59 vítimas do tiroteio de Las Vegas. Pescador de salmão no Alasca, Adrian era apaixonado por hóquei e pelo seu cão e bastante hábil em concertar coisas mecânicas.

A irmã de Adrian contou que ele estava acompanhado por Brian MacKinnon, um amigo de longa data, quando o tiroteio começou. Segundo o The Guardian, o seu amigo viu o Adrian a ser baleado e assistiu às tentativas de reanimação realizadas pelos médicos.

Susan Smith

Mãe de duas crianças, Susan tinha 53 anos e era administradora na escola básica de Simi Valley, na Califórnia. O seu pai contou ao New York Times que Susan era “uma pessoa incrível”. Susan foi assistir ao concerto de música country com dois amigos. Ambos sobreviveram ao tiroteio.

Lisa Romero-Muniz

Natural da cidade de Gallup, no Novo México, Lisa era mãe de três crianças e secretária na escola secundária da cidade onde vivia. Lisa era “uma amiga amável e incrível” e uma “defensora de todos os estudantes”, refere em comunicado Mike Hyatt, o director superintendente da instituição.

Lisa estava, em Las Vegas, com o marido, onde foram assistir ao concerto de música para celebrarem o seu aniversário de casamento.

John Phippen

Natural de Santa Clarita, na Califórnia, John tinha 56 anos e era técnico de emergência médica. John estava com o filho, Travis, na célebre avenida de Las Vegas à hora do tiroteio.

“Ele era o meu melhor amigo”, disse o filho de John ao Los Angeles Times. “Ele nunca fez nada de errado a ninguém. Ele sempre foi gentil e generoso. Ele era o maior urso de peluche que alguma vez conheci”, vincou Travis. Travis também ficou ferido no braço durante o tiroteio, mas sem gravidade.

“[Phippen] tinha um coração que era maior do que a própria vida”, refere um vizinho de John citado pelo Guardian.

Chris Roybal

Roybal, 28 anos, era veterano do exército norte-americano, que prestou serviço militar no Afeganistão. De acordo com a ABC News, Chris estava em Las Vegas a celebrar o seu aniversário.

Na sua última publicação no Facebook, Roybal descreveu como era ser questionado vezes sem conta sobre a sensação de ser alvejado. “É algo que muitas pessoas perguntam, porque apenas 1% da população americana irá experienciá-la”, referia citado pela BBC.

“A minha resposta sempre foi a mesma. Não era cheia de ego ou orgulho, mas, antes, de verdade, medo e raiva”, escreveu.

“Parte-me o coração que um veterano de guerra possa vir de um conflito ileso e depois aconteçam estes acidentes”, escreveu no Facebook Matthew Austin, um colega de Chris durante os tempos que passaram no exército. 

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