Uma quantidade significativa de peixes mortos apareceram, nos primeiros dias desta semana, a boiar no rio Tejo, especialmente no troço compreendido entre Alhandra e Vila Franca de Xira. São sobretudo fataças, mas também algumas espécies mais pequenas. O caso foi também detectado por vários utentes do passeio ribeirinho que liga aquelas duas localidades e que foram alertados sobretudo pela maior presença de gaivotas, que procuravam alimentar-se do peixe morto.

Alguns falam mesmo de centenas de peixes a boiar ao longo destes três quilómetros da parte norte do Estuário do Tejo e alertaram os serviços da Câmara de Vila Franca de Xira para o problema. A autarquia alertou, por seu turno, as entidades responsáveis pela investigação deste tipo de casos.

Em resposta ao PÚBLICO, o gabinete do ministro do Ambiente confirmou que “elementos da ARH (Administração da Região Hidrográfica) Tejo estão na zona” a investigar o caso, mas sustenta que “ainda não há informação sobre a sua acção nem respostas concretas” sobre a origem da situação. “Logo que haja, daremos conta do que foi possível verificar”, garante a mesma fonte.

O PÚBLICO apurou, todavia, que haverá indícios de que boa parte destes peixes terão morrido num afluente do Tejo, sendo depois arrastados pelas correntes para esta zona do estuário. Nesse sentido, as investigações incidem sobre várias possibilidades de origem do problema ao longo deste troço final do Tejo.