Medina disponível para acordos em Lisboa mas não revela se já fez contactos

O presidente eleito reafirmou a disponibilidade para acordos "o mais abrangentes possível para governar a cidade, porque é assim que uma cidade deve ser governada".

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Fernando Medina admite acordos em Lisboa LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O socialista Fernando Medina, eleito no domingo presidente da Câmara de Lisboa, sem maioria absoluta, reiterou, esta terça-feira, a sua disponibilidade para procurar "acordos o mais abrangentes possível" para governar a capital, não revelando, porém, se já encetou contactos.

No domingo, a sua candidatura conseguiu 42,02% dos votos, pelo que, o PS perdeu a maioria absoluta na capital, ficando com menos três vereadores do que em 2013.

Esta terça-feira, quando questionado sobre o cenário político na capital, Fernando Medina mostrou-se "obviamente muito satisfeito", elencando que "foi uma vitória importante", mas recusou-se a revelar se já encetou contactos com algumas das restantes forças eleitas.

"É minha intenção que haja os entendimentos mais largos para a governação da cidade, como, aliás, já foi a prática neste mandato que está a cessar", disse aos jornalistas, à margem da inauguração de um escritório de advogados na frente ribeirinha.

Em 2013, a candidatura do PS à Câmara de Lisboa, na altura encabeçada pelo agora primeiro-ministro, António Costa, conseguiu eleger 11 mandatos.

Durante o mandato que agora termina, o PS contou também com um acordo com os independentes Cidadãos por Lisboa, que se manteve nestas eleições.

Na noite eleitoral, Medina já se havia mostrado disponível para novos acordos, admitindo, mesmo, atribuir pelouros aos vereadores da oposição, "caso haja essa vontade", de forma a ter "apoio para políticas" a concretizar.

No domingo, o PCP elegeu dois vereadores e o Bloco de Esquerda um, mas, esta terça-feira, o secretário-geral comunista recusou qualquer acordo pós-eleitoral na autarquia de Lisboa, embora mantendo uma postura construtiva.

"Por exemplo, em Lisboa, não existirá essa possibilidade de encontrar um modelo como foi encontrado ao nível nacional", afirmou Jerónimo de Sousa, após reunião do comité central do PCP, na sede nacional do partido.

Já a coordenadora do BE, Catarina Martins, abriu a porta a um acordo neste município, adiantando que o assunto será discutido esta terça-feira em Comissão Política.

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