Cães e gatos em prisões podem ter impacto positivo em reclusos

No Texas, uma prisão pode ser a nova casa de alguns animais que serão tratados e treinados para, mais tarde, conseguirem ser adoptados. Programa piloto está a ser avaliado

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A prisão do condado de Travis, no estado norte-americano do Texas, poderá receber alguns animais de estimação no próximo Inverno. A ideia partiu da autarquia de Austin, que está à procura de parcerias para conseguir enviar uma gata e a sua ninhada e três cães para este estabelecimento prisional.

O objectivo do programa piloto é beneficiar tanto os animais como os reclusos. Para estes animais, a prisão apresenta-se como a nova casa de acolhimento, onde poderão ser treinados para se tornarem melhores candidatos à adopção. Ao jornal My Statesman, a coordenadora do programa de serviço social do gabinete do chefe da polícia local, Heather Stan, garante que este contacto com os animais poderá ter um impacto positivo nas vidas dos reclusos após a sua libertação: “Algumas destas pessoas nunca conseguiram fazer algo positivo nas suas vidas”.

Os homens e mulheres a cumprir pena nesta instituição serão os responsáveis pelo treino dos cães e gatos. Os quatro gatos partilhariam o espaço com as reclusas, que ajudariam a gata a cuidar dos mais pequenos, e os cães viveriam entre os homens.

Trata-se de uma “oportunidade para conseguir uma socialização adicional” dos animais e é também uma ajuda para “atingir os objectivos de não-matar”, explica a directora dos serviços animais do Austin Animal Center, Lee Ann Shenefiel, ao mesmo jornal.

Estes novos tratadores vão ser sujeitos a um processo de selecção antes da transição dos animais do Austin Animal Center para o novo espaço. Não vai ser permitido que um indivíduo acusado ou condenado por um crime violento esteja em contacto com estes seres, assegura o jornal norte-americano.

Embora esta iniciativa esteja ainda pendente de aprovação e fique, mais tarde, sujeita a um período experimental, não seria a primeira vez que os cães teriam contacto com uma prisão. Anteriormente, alguns reclusos treinaram animais para se tornar cães-guia. A diferença neste novo projecto é a possibilidade de viverem neste estabelecimento prisional, que receberá também gatos. Também nos Estados Unidos, mas no estado do Arizona, um programa de interacção de animais com reclusas promove passeios até um abrigo animal. 

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