Milhares de pessoas manifestam-se contra o referendo da Catalunha

“Puidgemont para a prisão”, ouviu-se em Madrid, onde 10.000 pessoas foram para a rua.

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Manifestação em Madrid LUSA/Víctor Lerena
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Manifestantes em Madrid Reuters/SERGIO PEREZ
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Uma manifestante contra o referendo em Barcelona Reuters/YVES HERMAN
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O protesto em Sevilha LUSA/Raul Caro
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O protesto em Madrid Reuters/SERGIO PEREZ
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O protesto em Barcelona Reuters/YVES HERMAN
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Manifestantes em Valência LUSA/Kai Foersterling
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Um manifestante em Barcelona grita contra os Mossos Reuters/SUSANA VERA
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O protesto contra o referendo em Santiago de Compostela LUSA/XOAN REY
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Manifestação em Valência LUSA/Kai Foersterling
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Manifestação em Barcelona Reuters/YVES HERMAN

Milhares de pessoas concentraram-se este sábado em frente às câmaras municipais de várias cidades espanholas, incluindo de Barcelona, para se manifestarem contra a realização do referendo pela independência na Catalunha, agendado para domingo, e para reivindicar a “unidade de Espanha”.

De acordo com a agência espanhola EFE, a maior manifestação ocorreu em frente à Câmara Municipal (Ayuntamiento) de Madrid, na praça de Cibeles.

Milhares de pessoas concentraram-se no local, entoando gritos de protesto como “A Espanha unida, jamais será vencida” ou “[Carles] Puigdemont para a prisão”, numa referência ao presidente do governo regional catalão, que tem insistido na realização do referendo pela independência.

O Tribunal Constitucional espanhol considerou ilegal uma consulta popular nos moldes propostos pelo Governo regional, pelo que o Governo espanhol e a justiça espanhola têm vindo a tomar medidas para impedir a votação no domingo. Ainda assim, a Generalitat (governo catalão) insiste que ocorrerá uma votação pela separação da Catalunha.

A multidão em Madrid também lançou gritos de apoio ao trabalho da Guardia Civil e da Polícia Nacional espanhola, ambas encarregadas de garantir que a polícia regional catalã, os Mossos d’Esquadra, impeça a votação nas mais de 2300 assembleias de voto designadas.

O protesto foi convocado pela Fundação para a Defesa da Nação Espanhola (Denaes), sob o lema "Espanha somos todos". A Delegação do Governo de Madrid (equivalente aos antigos Governos Civis em Portugal) estimou que cerca de 10.000 pessoas participaram no protesto. Muitas delas desfraldaram bandeiras espanholas na manifestação.

Em Barcelona, cerca de 350 pessoas - segundo a Guarda Urbana da cidade – concentraram-se na praça de Sant Jaume, em frente ao Palácio da Generalitat (governo regional), em defesa da permanência da Catalunha em Espanha.

"Puigdemont para a prisão" e "Não votaremos" foram algumas das palavras de ordem ouvidas.

Neste protesto registaram-se alguns desacatos, como quando um homem gritou para os manifestantes “Vocês dão vergonha”. O homem teve de ser protegido pelos Mossos d’Esquadra. Também na cidade catalã de Tarragona houve manifestação pela unidade de Espanha, num protesto que reuniu cerca de 300 pessoas.

A situação mais tensa, relatou a EFE, viveu-se em Vitoria, no País Basco, onde cerca de 30 pessoas se concentraram em frente ao Ayuntamiento com duas bandeiras de Espanha.

Frente a eles estava cerca de uma centena de jovens contramanifestantes, com 'ikurriñas' (bandeiras do País Basco) e 'esteladas' (bandeira independentista catalã), que gritaram insultos como "fascistas".

O protesto terminou com pequenos desacatos que, ainda assim, resultaram na identificação de quatro jovens.

Na Comunidade Valenciana, em Valência, centenas de pessoas fizeram um protesto idêntico, mostrando bandeiras espanholas.

Palma de Maiorca, Saragoça, Pamplona, Sevilha, Logronho, Santander ou Valhadolid foram outras cidades e capitais de província que foram palco de protestos iguais.

A manifestação de Palma reuniu cerca de 4000 pessoas e, em Sevilha, muitos milhares de pessoas foram para as ruas, em protesto contra o que consideram ser “um projecto golpista do separatismo catalão”.

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