Chegamos à pressa, depois de um dia de trabalho. O que custa mesmo é sair de Lisboa, depois o caminho faz-se bem e rapidamente, pela Marginal, em direcção a Cascais, mesmo cumprindo os limites de velocidade exigidos. Chegar ao Cascais Miragem é entrar num mundo de requinte e elegância. A simpatia é ponto assente e percorre toda a equipa desta unidade hoteleira do Grupo José Cristóvão (GJC).
Chegamos em cima da hora para fazer uma massagem no spa do Holmes Place. Além do ginásio, as salas de terapia são várias e há mesmo uma que fica de frente para o mar e tem duas mesas de massagem para usar, por exemplo, com alguém de quem se gosta muito. O spa oferece uma série de tratamentos e terapias que vão das mais energéticas às relaxantes. Para quem chega à pressa e depois de um dia de trabalho, o que se pede é que a massagem seja relaxante, de maneira a que o corpo e a mente entrem em harmonia e se preparem para a próxima experiência.
José Branco, director-geral do Cascais Miragem, recebe a Fugas com simpatia e faz as honras da casa, oferecendo uma bebida que se bebe junto à piscina – com o nadador salvador sempre atento e onde ainda há hóspedes a usufruir do final de um dia de Verão – com cerca de 180 espreguiçadeiras, além de sofás, mesas e cadeiras e uma pérgola para massagens. O hotel tem dois bares, um fica junto à piscina e outro funciona para as reuniões e eventos que acontecem naquele espaço com tal dimensão que é possível, por exemplo, expor automóveis.
À nossa frente fica a linha de comboio e o mar. Lá ao fundo está a Costa da Caparica. Mas, mais perto, do lado direito, fica Cascais e do esquerdo o Estoril. Atrás de nós o enorme edifício do hotel em que muitos dos quartos e das suites – ao todo são 192 quartos, incluindo 11 suites e uma suite presidencial – têm vista para o mar. Por detrás do hotel conseguimos imaginar que fica a serra de Sintra. Para o director-geral a localização do Miragem é excelente – perto da capital, a cinco minutos de Cascais ou do Estoril – para onde se pode ir a pé – e a um quarto de hora de Sintra.
Se o pôr-do-sol se pode ver dali do 3.º andar, junto à piscina, a sugestão é para que se suba até ao 6.º, ao Lounge Horizontes, onde se pode saborear um chá depois de um dia de passeio pela vila. Ali, todos os dias, é posto à disposição dos clientes um conjunto de doces e salgados para saborear ao fim da tarde.
É tempo de ir até ao restaurante Gourmet, com vista para a Baía de Cascais, onde se pode escolher um ou mais pratos de cozinha portuguesa, mas com inspiração internacional. Por exemplo, a frescura do peixe ou das lulas é associada aos sabores orientais como o gengibre ou o molho asiático, ou a experiências peruanas como é o ceviche.
A refeição começa com uma prova de azeites e uma selecção de pães feitos no restaurante e termina com uma sobremesa que pode ser a Pavlova de Piña Colada, mousse de coco, ananás dos Açores confitado e granité de rum. A variedade e frescura dos pratos não deixa ninguém indiferente, assim como o serviço é irrepreensível. Nenhum pormenor é deixado ao acaso – ao longo de toda a refeição foi feito um wine paring e explicadas todas as sugestões.
Embora ainda não seja frequente, já há quem não esteja hospedado no hotel e vá ao restaurante só para jantar – o Gourmet está aberto todos os dias das 19h30 às 22h30 – e esta é uma experiência que o hotel quer promover e que vale a pena pela diversidade e qualidade do menu, assim como pela atenção dada a todos os pormenores, do principio ao fim da refeição. Afinal este é um dos “melhores restaurantes de Cascais”, garante José Branco assim como o seu pessoal – grande parte saiu com o director-geral do Ritz de Lisboa para abrir o Miragem em Cascais.
Ainda não é possível vir de fora para experimentar o pequeno-almoço, mas esta é também uma boa experiência. Por isso, o melhor é dormir no Miragem, de preferência num dos quartos com terraço em cima da piscina e do mar, onde pode relaxar numa das espreguiçadeiras enquanto bebe um Porto ao final da noite.
