Sp. Braga e V. Guimarães, principais bastiões minhotos, batem-se hoje contra os turcos do Istanbul Basaksehir e do Konyaspor, respectivamente, na segunda jornada da fase de grupos da Liga Europa, palco que assistiu à estreia retumbante de “guerreiros” e viu uma pequena amostra do que os “conquistadores” podem alcançar neste regresso às competições da UEFA.

Mais rotinados – vão para a terceira participação consecutiva na fase de grupos da prova – com uma presença na final de 2011, em Dublin, o Sp. Braga volta à “Pedreira” com a ambição de chegar rapidamente aos 10 pontos, marca assumida pelo treinador Abel Ferreira para tentar repetir o trajecto recente (quartos de final) sob o comando de Paulo Fonseca. Líderes destacados do Grupo C, os bracarenses surgem catapultados pela importante vitória na Alemanha, frente ao Hoffenheim, mas com enormes receios, apesar da quarta vitória consecutiva nas lides europeias. Abel Ferreira, que recuperou e convocou o lateral esquerdo Jefferson, opta por um discurso calculista, sublinhando as diferenças orçamentais: “Se o Sp. Braga quisesse contratar algum jogador do Basaksehir, não teria capacidade financeira para o conseguir. Já o contrário…” alerta, nomeando alguns nomes sonantes, embora Mossoró e Caiçara se afigurem como os mais conhecidos no Minho, onde pontifica Paulinho, a grande revelação do Sp. Braga, ao ponto de começar a sonhar com uma chamada de Fernando Santos.

“A jogar e a marcar num clube como o Sp. Braga, o sonho pode transformar-se em objectivo”, reconhece, batendo na mesma tecla do treinador no que diz respeito aos turcos, “recheados de internacionais”, concedendo mesmo a vantagem ao adversário.

Mais assertivo, apesar de pisar terrenos pouco familiares, o treinador do Vitória SC, apresenta-se em Konya consciente de estar perante um desafio “importante”, mas que não classifica de “decisivo”, o que o leva a “manter a filosofia” de conquista vitoriana.

Pedro Martins está atento ao discurso do treinador do Konyaspor: Atacar os pontos fracos do Vitória soa a provocação, especialmente quando existe a questão do guarda-redes, com Miguel Silva a assumir a titularidade da baliza na sequência da lesão de Douglas.

O empate caseiro frente ao Salzburgo obriga a cuidados redobrados nesta incursão a territórios otomanos, o que nesta jornada promove ainda uma rivalidade paralela, com as duas formações do Minho a verem quem consegue conquistar o maior califado.