Marques Mendes na campanha de Lisboa porque "não se viram as costas" à família política

Antigo presidente do PSD apontou duas razões para a presença na campanha de Leal Coelho: "nunca se viram as costas nem a uma amiga nem à família política" de que faz parte.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes juntou-se nesta terça-feira à campanha da candidata à Câmara de Lisboa Teresa Leal Coelho, afirmando que "não se viram as costas à família política", e justificado que não o fez por necessidade. "Eu vim porque fui convidado", disse aos jornalistas, recusando que tivesse sentido necessidade de se juntar à campanha do PSD em Lisboa.

Apontando duas "razões principais" para a sua presença na arruada na freguesia do Areeiro, Marques Mendes vincou que "nunca se viram as costas nem a uma amiga nem à família política" de que faz parte. "Eu sou amigo da Teresa Leal Coelho, tenho por ela muita estima, muita admiração, é sobretudo uma pessoa de grande coragem, de grande frontalidade, grande lealdade e eu aprecio as pessoas assim", salientou.

Apesar de ter marcado presença na campanha, Marques Mendes diz que continuará fora da vida política, "quanto a essa parte é tudo clarinho". "Há dez anos que estou fora e continuarei fora, não há hipótese nenhuma de qualquer regresso. Abandonei a vida política, mas não a solidariedade com os meus amigos e sobretudo com os companheiros de partido nos momentos capitais", salientou. A "única coisa que deixa saudades" ao antigo líder do PSD é a campanha eleitoral, admitiu, por isso o momento de hoje serviu para matar essas saudades.

Questionado relativamente a sondagens que apontam a vitória do PS em Lisboa, seguido do CDS-PP e do PSD em terceiro, o antigo líder social-democrata e actual comentador televisivo desvalorizou, elencando que "têm havido [projecções] mais ou menos para todos os gostos". Na sua opinião, "vão todas, umas mais e outras menos, falhar um bom bocado", sendo preciso "só aguardar mais quatro dias" pela sondagem real. Por isso, não está "nada preocupado" com os resultados que o partido poderá alcançar em 1 de Outubro, mesmo admitindo que se trata de "um combate difícil".

"Além do mais, a Teresa Leal Coelho tem nesta campanha alguma desvantagem", o que atrai a necessidade de o PSD fazer "um esforço suplementar", uma vez que "de um lado está um presidente de Câmara que já tem a visibilidade própria" do cargo, e do outro está "uma líder partidária que tem a visibilidade maior do que qualquer outro candidato". "Tudo isso faz parte das regras do jogo, mas por isso mesmo temos ainda de nos empenhar um pouco mais, e eu acho que dá prazer", apontou.

Luís Marques Mendes escusou-se ainda a tecer avaliações sobre a situação nacional do PSD, advogando que "não ser fazem avaliações políticas durante as campanhas eleitorais", apenas antes ou depois.

Nas eleições de domingo concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o actual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

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