Casal suspeito de canibalismo poderá ter matado dezenas de pessoas

Os crimes foram cometidos ao longo de vários anos. Pedaços de corpos foram encontrados em frascos na casa dos suspeitos.

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Os crimes foram cometidos na cidade russa de Krasnodar Maska999/Creative Commons

As autoridades russas anunciaram na segunda-feira a detenção de um homem e uma mulher suspeitos de terem matado e posteriormente comido cerca de de 30 pessoas, com a informação a ser confirmada pelo ministro russo do Interior. A investigação que culminou nas detenções seguiu-se à descoberta de um telemóvel numa estrada em obras, por um trabalhador da construção civil, que continha fotografias de corpos humanos desmembrados.

Mais tarde, foi encontrado o cadáver de uma mulher de 35 anos perto da residência do casal, na cidade de Krasnodar, sudoeste da Rússia. A vítima seria uma entre várias cujas fotografias dos restos mortais estavam no telemóvel.

Buscas à residência dos suspeitos, nas imediações de uma base militar onde ambos trabalhavam, revelaram a existência do que serão partes de corpos humanos conservadas em frascos de vidro. A comida, e sobretudo a carne encontrada na residência, está agora a ser analisada para se perceber se contém ADN humano ou animal, segundo afirmaram fontes da investigação em Krasnodar, citadas pela BBC.

As dezenas de homicídios sob suspeita terão sido cometidos ao longo de várias décadas. É o que indiciam as fotografias tiradas com o telemóvel, em que aparecia o homem suspeito, bem como imagens encontradas em casa. Uma das fotografias tem data de 28 de Dezembro de 1999 e mostra uma cabeça humana servida num prato com fruta.

O homem suspeito, de 35 anos, começou por negar a autoria da morte da mulher encontrada perto da base militar, também de 35 anos, e alegou que encontrou apenas os restos mortais e que tirou fotografias com estes, antes de perder o telemóvel. Mais tarde, acabou por admitir que tinha sido responsável pela sua morte.

A imprensa russa, que designa os suspeitos como "canibais de Krasnodar", identifica-os como Dimitri e Natalia Baksheev.

Até ao momento, refere a CNN, a polícia russa conseguiu identificar sete das cerca de 30 vítimas do casal. As autoridades ponderam reabrir ainda outras dezenas de casos de desaparecimentos registados na região ao longo das últimas décadas.

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