Rui Vitória: “Podemos ir buscar pontos em qualquer jogo”

A derrota com o CSKA não muda a forma como o técnico do Benfica encara o jogo em Basileia: será uma final.

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"Não se resolveu num jogo tudo o que tínhamos de resolver" LUSA/GEORGIOS KEFALAS

O discurso de Rui Vitória não muda um milímetro. Processo, trabalho, vitória, confiança, seja qual for o adversário ou o momento do Benfica. É um discurso que serve também para a Liga dos Campeões e para o jogo desta quarta-feira na Suíça com o Basileia. A derrota no jogo da primeira jornada na Luz não altera as circunstâncias do confronto com o campeão suíço.

“O resultado com o CSKA não mudou nada a nossa previsão para este jogo. Reconhecemos que o Basileia é uma equipa com experiência nestas andanças, mas nós estamos prontos para estes cinco jogos que faltam e estamos aqui com uma grande vontade de somar os três pontos”, considera o técnico “encarnado”.

Depois de três jogos sem vencer, o Benfica reencontrou-se com os triunfos frente ao Paços de Ferreira, e Rui Vitória quer dar continuidade aos bons resultados, mas deixa o aviso: nem tudo estava mau antes, nem todos os problemas foram resolvidos: “O último jogo foi muito bem conseguido e só faltaram mais golos. Da mesma forma como não estava tudo mau antes, também não se resolveu num jogo tudo o que tínhamos de resolver. Amanhã é mais um passo que queremos dar. Se resolve, se não resolve, não é isso que nos guia. Queremos fazer o nosso trabalho e queremos muito ganhar.”

Será o jogo no St. Jakob Park decisivo para a carreira do Benfica na Liga dos Campeões? Rui Vitória não pensa só no imediato, pensa em todos os jogos do agrupamento. “Podemos ir buscar pontos em qualquer jogo”, observa o técnico. “São seis jogos. O que importa é somar pontos para aquilo que tanto queremos. É mais uma final que vamos ter. Do outro lado estão equipas boas, mas também acreditamos nas nossas capacidades”, acrescenta.

Uma mudança recente nas suas opções foi a troca de Bruno Varela por Júlio César na baliza e o técnico, em vez de revelar se iria manter o brasileiro, contou uma história do seu passado, dos tempos em que treinava o Vilafranquense. “Íamos jogar para a Taça com o FC Porto e eu tinha dois guarda-redes, um que era o titular e outro mais veterano que era o suplente. A lógica era meter o menos utilizado, não seria nada de mais. Ouvi a minha equipa técnica, houve um empate, a decisão era minha e por optei pelo que estava a jogar. O que eu deixei de fora era o padrinho da minha filha e eu era padrinho do filho dele. Todas as decisões são em prol do que é melhor para a equipa”, contou o técnico.

Rui Vitória explicou ainda que não haverá uma marcação especial a Ricky van Wolfswinkel, avançado holandês do Basileia. Antes, haverá uma atenção a todos os pormenores que podem fazer a diferença na equipa suíça: “Normalmente, temos uma atenção a tudo o que pode fazer a diferença no outro lado. Conhecemos bem o Basileia e o seu ponta-de-lança, e estamos preparados, não há uma preocupação especial com um, é com todos.”

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