Cartas ao director

Barcelona

Não a Barcelona dos Jogos Olímpicos cantada por Caballé e Freddie Mercury, tampouco de La Sagrada Família de Gaudi, mas a capital da Catalunha, onde as inconfessáveis lutas pelo poder, quer a nível pessoal quer a nível de ideologia política, parece quererem anestesiar os catalães para os apoiarem na vertigem pelos pelouros. Quando se pretende uma União Europeia de países, de economias, de moedas únicas, aparecem sempre uns ávidos de protagonismo, a incendiarem o bairrismo dos cidadãos. No caso da Catalunha, se houvesse independência, pergunta-se: foi explicado ao povo quanto custaria a criação dumas Forças Armadas? Quanto custariam as polícias, as repartições de Estado, a banca, as fronteiras, e a moeda? Lá, como cá e em quase todos os países, o mundo é dominado pelas religiões e pelas ideologias políticas, só que os prelados nem sempre são sérios e arrastam os fiéis para purgatórios muito sofridos.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

 

As taxas máximas do IRS

Um casal de reformados em que o homem foi engenheiro numa empresa pública e a mulher foi professora do ensino superior público recebem juntos uma reforma de 80.000 euros anuais (6000 mensais)

Dado que o Estado paga principescamente aos seus servidores é natural que tal reforma deva ser considerada no mesmo escalão de IRS de uma reforma de ricos e, por isso, esteja no mesmo escalão do reformado Ricardo Salgado, a quem foi atribuída uma reforma de apenas 90.000 euros mensais!

A Esquerda não quer que uma alteração de escalões do IRS beneficie de qualquer modo o grupo de ricos que se situa no último escalão de IRS. Assim, para não beneficiarem Salgado, esquecem os que também foram trabalhadores embora dos mais bem pagos do sector público.

Que os escalões mais baixos do IRS devem ser os mais beneficiados é completamente justo. Mas porque esquecer os reformados do sector público que são apenas os menos pobres do sistema?

Porque será que o último escalão do IRS haverá de ser de mais de 80.000 euros anuais e não existe escalão intermédio entre esses reformados e outras reformas que mensalmente são superiores ao valor anual destas?

Que o PCP vire as costas aos reformados do sector público mais bem pagos é coerente com a sua paixão operária, mas esperava mais do Bloco de Esquerda.

Vitor Macieira, Casal dos Bernardos

 

A PSP no combate ao Alzheimer

A Polícia de Segurança Pública (PSP) está de parabéns pelo programa “Estou Aqui Adultos”, destinado a adultos com dificuldades de orientação e discernimento na via pública. A disponibilização de pulseiras identificativas com um código alfanumérico de duas letras e cinco dígitos só descodificado pela PSP permite a identificação de pessoas desnorteadas e com ausência de clareza. A Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer desenvolve excelente trabalho contra o estigma da doença. Os comportamentos agressivos associados à demência, a dificuldade de compreensão, a identificação das necessidades básicas, merecem dos disponíveis dirigentes e associados todo o carinho no combate à doença de Alzheimer.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Sugerir correcção
Comentar