Porto Rico em estado de sítio dias após a passagem do Maria

Não há electricidade em toda a ilha, devastada pela passagem do furacão; 70 mil pessoas receberam ordem para sair de casa face ao risco de colapso iminente de barragem.

Uma mulher inspecciona o que resta da sua casa
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Uma mulher inspecciona o que resta da sua casa CARLOS GARCIA RAWLINS/Reuters
Os estragos na barragem de Guajataca
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Os estragos na barragem de Guajataca ALVIN BAEZ/Reuters
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Quatro dias depois da passagem do furacão Maria, Porto Rico continua sem electricidade – um privilégio apenas de quem tem acesso a gerador –, as comunicações não funcionam e a água potável começa a escassear. E para agravar a devastação, teme-se que a qualquer momento possa rebentar a barragem de Guajataca, no noroeste da ilha.

“A fissura na parede tornou-se uma ruptura significativa”, disse no sábado à noite o governador, Ricardo Rossello. Cerca de 70 mil pessoas que vivem a jusante receberam ordem para abandonar as suas casas, depois de no dia anterior as autoridades terem verificado que o nível de água estava a tornar instável a parede de terra da represa, com 37 metros de altura. “Fujam ou serão arrastados”, avisou o serviço meteorológico dos Estados Unidos, de que Porto Rico é território associado.

Mas não é só ali que a situação é de emergência. Por toda a ilha há casas esventradas, postes e árvores derrubadas, e localidades inundadas – a face mais visível dos 30 mil milhões de dólares de prejuízos causados pelo mais forte furacão a atingir a ilha em quase um século e que provocou pelo menos 13 mortos.

Começaram já a chegar à ilha navios e aviões transportando geradores, água, comida e telefones por satélite, bem como quatro mil reservistas do Exército norte-americano para acelerar as operações de auxílio. Um desafio enorme, já que há zonas a que só é possível aceder de helicóptero e com as quais não é sequer possível comunicar porque o furacão derrubou grande parte das torres de telemóvel da ilha.

Mesmo na capital, San Juan, os efeitos da passagem do furacão estão por todo o lado, adianta a Reuters. Na parte velha da cidade, o abastecimento de água está lijmitado a duas horas por dia, os condutores têm de esperar horas para abastecer os carros nas poucas estações de serviço que ainda têm gasolina e os hotéis começaram a avisar os hóspedes de que poderão ser obrigados a encerrar por falta de combustível para os geradores.

 

 

 

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