Passos: "O PSD não está a lutar pela sobrevivência aqui em Lisboa"

Líder do PSD diz que não dá "relevância" às sondagens. E falou do pior cenário de uma, para o desvalorizar.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

A candidata do PSD à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Leal Coelho, e o presidente do partido, Pedro Passos Coelho, juntaram-se esta quinta-feira em Lisboa, com o líder social-democrata a dizer que não comenta nem dá "grande relevância" às sondagens. Sobre a última, publicada pelo JN no início da semana, Passos deixou a garantia: "O PSD não está a lutar pela sobrevivência aqui em Lisboa. Estamos a fazer o possível para fazer uma campanha limpa, para apresentar o seu programa" para os lisboetas. 

Acompanhados por cerca de uma centena de pessoas, a candidata e o presidente social-democrata desceram e subiram uma das mais famosas avenidas da freguesia de Alvalade, a Avenida da Igreja, num passeio que se tornou num roteiro gastronómico.

Com eles iam o eurodeputado Paulo Rangel, Fernando Lima (ex-assessor do Presidente Cavaco Silva), a vice-presidente do PSD Teresa Morais, o antigo vice-presidente do partido Paulo Mota Pinto, e o líder parlamentar, Hugo Soares.

Também os actuais presidentes das Juntas de Freguesia da Estrela e Belém (Luís Newton e Fernando Ribeiro Rosa), o vereador António Prôa, o candidato à Junta de Freguesia de Alvalade, Pessoa e Costa, e o líder da distrital Pedro Pinto, acompanharam a campanha.

Logo nos primeiros metros da descida da avenida, a comitiva entrou numa pastelaria, onde foi surpreendida pelo actor e violonista João Canto e Castro, que fez questão de tocar para o líder do PSD e para Teresa Leal Coelho. Mas Canto e Castro utilizou também o seu outro talento, tendo imitado a voz de Passos Coelho e do antigo Presidente da República Cavaco Silva.

Apesar do esforço, o líder do PSD teve dificuldades em rever-se na imitação.

Passos Coelho liderava o percurso e Teresa Leal Coelho aparecia logo atrás, tendo havido oportunidade para cumprimentos e fotografias com alguns transeuntes.

Pela rua fora, presidente e candidata fizeram questão de entrar em diversos restaurantes e pastelarias, onde tiveram oportunidade de rever velhos tempos.

"Cheguei a vir aqui comer uma sopinha para aí às cinco ou seis da manhã" quando tinha vinte e poucos anos, recordou Passos Coelho, referindo, porém, que ali nunca tratou de assuntos políticos, "apenas assuntos de natureza pessoal, com pessoas amigas".

Também numa das mais conhecidas geladarias da capital, o líder do PSD quis confirmar se a tradição ainda se mantinha. "Ainda fazem a 'conchanata' familiar?", perguntou aos proprietários do estabelecimento, mas a resposta foi negativa.

Mesmo assim, o social-democrata prometeu que não acabaria o dia sem comer um gelado, uma vez que "era realmente muito bom".

Fazendo um paralelo com o alargamento do horário deste estabelecimento, Teresa Leal Coelho defendeu que também a recolha do lixo em Lisboa poderia ser feita "todos os dias", o que acontecerá caso fique à frente dos destinos da Câmara de Lisboa nos próximos quatro anos.

Falando aos jornalistas a meio do percurso, Pedro Passos Coelho defendeu que "a proximidade [com as pessoas] é relevante", pelo que "este tipo de acção destina-se um bocadinho mais a dar nas vistas" e fazerem-se notar.

Antes, a comitiva visitou o Bairro São João de Brito, na mesma freguesia, no qual foram legalizadas algumas das casas ali existentes há 40 anos.

No local, a candidata à Câmara apontou que espera resolver o problema desta comunidade vizinha da Segunda Circular e do aeroporto Humberto Delgado "nos primeiros seis meses" do mandato.

Nas eleições de 01 de outubro concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

 

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