PS propõe tarifa social para o gás de botija

Socialistas querem discutir o tema na especialidade e chegar a uma solução “até ao final do ano”.

Foto
Socialistas querem descontos no gás de botija para famílias carenciadas asm ADRIANO MIRANDA

O PS apresentou esta quarta-feira, no Parlamento, a proposta de criação de uma tarifa social para o gás de botija, semelhante à que já existe para a electricidade e para o gás natural, e dirigida a pessoas com os mesmos critérios de elegibilidade para estes descontos. Os últimos dados apontavam para cerca de 800.000 pessoas abrangidas pela tarifa social de electricidade.

No dia em que foram discutidas na generalidade as propostas dos partidos da esquerda e do PAN para a criação de um preço máximo para o gás engarrafado, o deputado socialista Hugo Costa propôs levar à discussão na especialidade a criação de “uma tarifa social a custos controlados” que obedeça aos mesmos critérios de atribuição que os descontos já existentes para o gás natural e a electricidade.

“O preço do gás de botija é um problema para 70% da população [o universo de utilizadores desta fonte de energia], pelo que é uma hipótese que queremos trabalhar”, afirmou o deputado socialista ao PÚBLICO. É uma “discussão que se terá de fazer”, mas “nada obriga” a que a medida venha a constar já no próximo Orçamento do Estado”.

“Pode estar ou pode não estar. Mas penso que até ao final do ano temos de encontrar uma solução”, adiantou Hugo Costa.

Reconhecendo que o grupo parlamentar do PS, tal como o Governo, recebeu os operadores do sector para discutir o tema do preço do gás engarrafado, o socialista afirmou que “as empresas também têm interesse, do ponto de vista económico e social, que os consumidores mais vulneráveis tenham acesso facilitado ao produto”.

As autarquias serão “um parceiro indispensável” na criação de um modelo de tarifa social para o gás de botija, não só porque “as redes de distribuição de gás de botija no interior são muito complexas”, mas também porque “conhecem melhor que ninguém as carências e necessidades das suas populações”, disse ainda.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários