Bitcoin volta a subir depois de semana em baixo

A semana passada o valor da divisa digital teve uma queda acentuada depois de a China proibir as transacções de bitcoins.

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Os investidores chineses já estão a procurar alternativas na Internet Reuters/MARK BLINCH

O mercado da bitcoin é muito volátil e os últimos dias são mais um exemplo disso. Depois de uma semana em baixo (com valores progressivamente menores ao longo de sete dias), o valor da divisa digital subiu cerca de 30% esta segunda-feira. Às 15h30 de segunda-feira, hora de Lisboa, a bitcoin estava novamente a valer mais de quatro mil dólares (cerca de 3400 euros).

A semana passada, porém, a notícia de que a China tinha proibido transacções de bitcoins (com empresas como a BTC e a ViaBTC a encerrarem operações no país) levou muitos investidores a entrar em pânico. A queda começou dias antes, com o presidente-executivo do banco norte-americano JP Morgan a chamar ao sistema de "uma fraude" apenas útil a "traficantes de droga, assassinos e criminosos", depois de as autoridades chinesas proibirem a angariação de financiamento através do lançamento de novas moedas digitais (um método popular entre startups tecnológicas à procura de financiamento rápido).

Três semanas antes, porém, o valor da divisa tinha atingido um pico acima dos cinco mil dólares com a introdução de um sistema que permitia acelerar a verificação de transacções.

A bitcoin, porém, ainda é vista como uma ameaça para muitas instituições financeiras devido à natureza descentralizada das operações, que elimina a necessidade de mediadores. Ainda não foi adoptada por nenhum governo e as autoridades e instituições financeiras preocupam-se que a divisa seja utilizada para lavagem de dinheiro.

Com o bloqueio governamental das bolsas de moedas virtuais na China, os investidores começam a procurar alternativas. Por exemplo, antes do estabelecimento de serviços de transacção na China, muitos utilizavam o site de comércio Taobao para comprar e vender moedas digitais.

O site de notícias chinês Global Times nota ainda que alguns serviços de transacção de divisas digitais no país, como a OKCoin, estão a explorar transferir os negócios para fora das fronteiras do país. A BTC,  que já opera a nível internacional, esclareceu, em publicações nas redes sociais da empresa, que os serviços internacionais vão continuar a funcionar normalmente.

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