Uma sondagem, várias surpresas em Lisboa

Assunção Cristas à frente de Teresa Leal Coelho e Ricardo Robles empatado com João Ferreira são duas das surpresas da sondagem do Jornal de Notícias.

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Assunção Cristas pode ter um resultado surpreendente em Lisboa LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Se a sondagem que o Jornal de Notícias publica esta segunda-feira na sua edição em papel estiver perto da realidade, Assunção Cristas será uma das grandes vencedoras da noite de 1 de Outubro. Em Lisboa e no país (recorde-se que, na capital, Paulo Portas ficou-se pelos 7% em 2001, sendo que do lado do PSD concorria Pedro Santana Lopes).

Realizado no dia 16 de Setembro pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, o estudo revela ainda que Fernando Medina fica aquém da maioria absoluta de António Costa em 2013 (52%), descendo para 41% das intenções de voto.

Com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 3,5%, a sondagem coloca Teresa Leal Coelho, a candidata do PSD, em terceiro lugar, com 16%, um ponto percentual abaixo do CDS (17%). Nunca o PSD teve um valor tão parco em Lisboa, resultado esse que poderá ser imputado directamente a Pedro Passos Coelho, o responsável pela escolha da candidata.

A proximidade de Ricardo Robles, do BE, a João Ferreira, da CDU, ambos com 8% das intenções de voto, é outra das surpresas do estudo de opinião. Se o resultado se confirmar, avança o JN, a CDU pode perder um dos seus vereadores para o Bloco de Esquerda. Quem não cumprirá o objectivo de eleger um vereador é o PAN — Pessoas-Animais-Natureza, que apenas chega, na sondagem, aos 3% das intenções de voto. 

Na TSF, já após a divulgação da sondagem, Fernando Medina comentou os resultados, dizendo que os números dão "um bom sabor a vitória" e lembrando que nunca pediu maioria absoluta. "Eu faço é um apelo para uma participação massiva no dia 1 de Outubro. Há muitos que acham que as eleições estão decididas ou que são menores. Não são. Estas eleições autárquicas são essenciais para o futuro da cidade de Lisboa. Quem vai governar e em que condições e só os eleitores podem decidir", defendeu.

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