Marcelo vai a Angola assistir à tomada de posse de João Lourenço

Novo Presidente de Angola toma posse no dia 26. O governo será representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros

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Marcelo estará na cerimónia de posse do seu homólogo angolano Adriano Miranda

Marcelo Rebelo de Sousa vai na próxima semana a Luanda assistir à tomada de posse do novo Presidente da República de Angola, João Lourenço, marcada para terça-feira, dia 26. Embora o cargo tenha a mesma designação nos dois países, em Angola o regime é presidencialista (o chefe de Estado preside também ao Governo), o que não acontece em Portugal, pelo que a representação do país podia ser feita tanto pelo Presidente da República como pelo primeiro-ministro.

No entanto, António Costa não estará presente. O primeiro-ministro está esta semana em Nova Iorque, onde participa na 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, fazendo na quarta-feira um discurso em defesa do desenvolvimento sustentável e do combate global às alterações climáticas. A posse de João Lourenço chegou a ser anunciada para dia 20, exactamente o dia em que o primeiro-ministro português intervém, pela primeira vez, nas Nações Unidas, mas está agora agendada para a semana seguinte. 

Em Agosto, em entrevista ao Expresso, António Costa tinha declarado a vontade de ser ele a representar Portugal na tomada de posse: "Provavelmente irei à posse do próximo Presidente da República. Terei de acertar isso com o PR, mas é normal que a representação de Portugal seja feita por mim". Mas não foi o que veio a acontecer. Ao PÚBLICO, o gabinete de António Costa apenas esclareceu que o Governo se fará representar pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

O novo Presidente da República de Angola foi eleito a 23 de Agosto, mas os resultados definitivos só foram confirmados pela Comissão Nacional Eleitoral a 6 de Setembro, confirmando a vitória do MPLA por 61% dos votos. Um resultado contestado pelos partidos da oposição - UNITA, FNLA, PRS, APN e CASA-CE, que consideraram ter havido irregularidades na contagem dos votos e na divulgação dos resultados parciais. No entanto, a CNE considerou os protestos sem fundamento.

João Lourenço pertence ao partido que detém o poder em Angola desde a sua independência e sucede a José Eduardo dos Santos, que depois de 37 anos, não se recandidatou. Será a partir de dia 26 o Presidente emérito, um cargo criado depois de dos Santos anunciar que não se recandidataria.

 

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