Vento soprou a favor da Alemanha

Portugal perdeu oportunidade de subir ao Grupo Mundial da Taça Davis.

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Reuters/VINCENT KESSLER

João Sousa esteve a um ponto de igualar a eliminatória da Taça Davis entre Portugal e Alemanha e levar a decisão do play-off do Grupo Mundial para o quinto e último encontro. Mas acabou por ser Jan-Lennard Struff o mais forte: o tenista alemão salvou um match-point, aproveitou bem o vento no Jamor e foi melhor que o número um português nos momentos mais importantes.

“Sabíamos que íamos da, tudo, demos tudo e temos de estar orgulhosos. Foi um pouco frustrante, frente a uma equipa que foi corajosa numa eliminatória que se decidiiu em pequenos momentos”, resumiu Nuno Marques, no balanço da derrota (2-3) com a Alemanha. Struff, que tinha perdido o singular do primeiro dia, tornou-se no herói ao fazer parte do par que ganhou no sábado e ao vencer João Sousa, com os parciais de 6-0, 6-7 (3/7), 3-6, 7-6 (8/6) e 6-4.

Sousa (57.º) não entrou bem no encontro e viu Struff (54.º) adiantar-se para 6-0, 3-0. Mas o vimaranense reagiu em boa altura e, ao somar três jogos consecutivos, ganhou a confiança que lhe permitiu impor-se no tie-break. O ascendente de Sousa manteve-se no terceiro set, traduzido por sete pontos cedidos nos cinco jogos de serviço e um break no sétimo jogo.

Com o vento a soprar por vezes forte, tornando a tarefa difícil para quem servia do lado sul, Struff recuperou bem e foi o primeiro a quebrar o serviço no quarto set, para 2-0, imediatamente devolvido pelo adversário. Ambos serviram bem até ao tie-break, quando uma dupla-falta do alemão, que esteve em vantagem por 4/2, alterou o destino e Sousa chegou a 6/5. Mas Struff salvou o match-point corajosamente, com um vólei após um bom serviço.

O número um da selecção alemã aproveitou o ascendente para se adiantar para 2-0 no set decisivo, mas Sousa reagiu com três jogos consecutivos. A 4-3, Struff aproveitou bem o vento a favor para igualar com um jogo em branco e chegar a 15-40 no serviço do vimaranense, que acabou por ceder no segundo break-point. E não tremeu quando serviu para fechar, somando o 16.º ás pelo caminho.

“Entrei apático. Ontem [sábado], foi um dia difícil de digerir e o meu ânimo não era o melhor. Consegui reagir e jogar sem cometer tantos erros. Ele foi bastante consistente durante todo o encontro, enquanto eu tive altos e baixos”, explicou Sousa. “Foi por um ponto que o encontro caiu para o seu lado. Fico triste por não conseguir jogar ao meu mais alto nível durante todo o tempo”, acrescentou o número um português, que viaja agora para São Petersburgo, para disputar o torneio ATP 250.

Quanto à selecção de Portugal, resta esperar pelo sorteio do Grupo I, na quarta-feira, para começar a preparar uma nova tentativa de subir ao Grupo Mundial, em 2018.

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