Hamilton vence em Singapura e distancia-se de Vettel

Ferraris envolveram-se num acidente com Verstappen logo na partida e acabaram fora da corrida.

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Edgar Su/Reuters

Lewis Hamilton (Mercedes) resistiu a uma corrida acidentada e à pressão de Daniel Ricciardo (Red Bull) para conquistar, neste domingo, o Grande Prémio de Singapura em Fórmula 1, ampliando para 28 pontos a vantagem na liderança do Mundial de pilotos para o tetracampeão mundial germânico Sebastian Vettel.

Largando da pole position, Vettel não conseguiu evitar um acidente caricato com o colega da Ferrari, Kimi Räikkönen, e com o Red Bull de Max Verstappen, erro que colocou o trio fora de prova logo na primeira curva do circuito citadino de Singapura. 

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Valtteri Bottas (Mercedes) fechou o pódio na primeira prova nocturna com chuva da história da Fórmula 1, com a corrida a ser concluída para além das duas horas de prova (2h03m23.544), face às três entradas em pista do safety-car.

Com sete vitórias em 14 corridas (60 na carreira) e a maior vantagem registada para o segundo classificado, o tricampeão mundial britânico disporá no GP da Malásia, dia 1 de Outubro, de uma vantagem confortável que poderá começar a definir a questão da disputa do título.

Quinto na grelha de partida, Lewis Hamilton admitiu que precisava da pista molhada para aumentar as hipóteses de sucesso em Singapura: "O milagre de que necessitava em Singapura aconteceu ao fim de dez anos em que nunca choveu nesta prova. Mal a chuva apareceu, percebi imediatamente como seria o final da corrida. Acreditei desde o início que estavam reunidas as condições ideais para fazer a minha corrida, pois seria capaz de me adaptar rapidamente ao ritmo e à aderência necessária para vencer", declarou o piloto inglês, que ainda beneficiou o arranque kamikaze do principal rival.

"Aproveitei o incidente, logicamente. Quem poderia imaginar o que aconteceu?", disse um Hamilton visivelmente satisfeito com a terceira vitória consecutiva da temporada e também a terceira em Singapura.

Já Sebastian Vettel dirigiu um pedido de desculpas aos membros da equipa, explicando-se em seguida: "Vi o Max tentar chegar primeiro à curva e depois senti o impacto do Kimi a atingir a parte lateral do meu carro. Ainda pude prosseguir, mas os danos provocados no radiador acabaram por forçar o abandono", registou o alemão, duramente criticado pelo holandês da Red Bull.

"Vettel começou a apertar-me. Talvez não tenha reparado que o Kimi surgia na esquerda. Mas isso não é desculpa. Quando estás a lutar pelo título mundial - com o Hamilton na terceira linha da grelha - não é suposto arriscar desta forma. No final de contas, sem qualquer responsabilidade no acidente, acabei fora da corrida quando apenas tentava uma boa partida. Ainda tentei evitar a colisão, mas os pneus traseiros são mais largos", comentou o holandês, que ao contrário da conclusão da direcção da prova, disse que não se tratou de um mero acidente de corrida. 

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