"Temos de ter um enorme pragmatismo" a lidar com as boas notícias, diz Centeno

Depois de uma primeira reacção à notícia, que considerou “excelente”, de melhoria do rating, Centeno lembra que dívida portuguesa ainda é a quarta maior do mundo

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Centeno é adepto do optimismo pramático LUSA/TIAGO PETINGA

Contente com uma “certa forma de estrelato” que o desempenho económico e financeiro de Portugal tem assumido no Eurogrupo, Mário Centeno mantém um optimismo bem diferente do do primeiro-ministro. À chegada da Estónia, e aos microfones da TVI24, o ministro das Finanças disse este sábado de manhã que o optimismo português tem de ser “assertivo e pragmático, porque a dívida permanece a quarta maior do mundo”.

Mário Centeno escolhia assim, num segundo momento de reacção às notícias de que Portugal deixou de estar debaixo de um outlook negativo por parte da agência de rating Standard & Poor’s, uma atitude cautelosa.

A “excelente notícia”, como disse na sexta-feira à noite, “vem validar a estratégia que o Governo adoptou para estas matérias” e que “é para manter”. Mas, alertou Centeno: “Temos de ter um enorme pragmatismo na forma como também lidamos com as boas notícias”.

“Se calhar este é um discurso típico de ministro das Finanças. Não quero refrear nenhum ânimo dos festejos porque esta é uma notícia absolutamente extraordinária em Portugal”. O ministro reagia assim a uma pergunta dos jornalistas sobre se está a preparar-se para refrear o optimismo excessivo. 

Centeno explicou que "o facto de termos um conjunto de fontes de financiamento mais alargado, mais investidores interessados em financiar a dívida portuguesa, em transaccioná-la, permitirá uma redução do custo de financiamento” de Portugal. Isso contribuirá para que as famílias venham a ter, também, uma redução dos custos de financiamento globais da economia portuguesa.

 

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