Dois contra dois e no final ganhou a Alemanha

Alemães vencem Portugal por 2-1 no play-off do Grupo Mundial da Taça Davis que se decide este domingo, no court do Jamor.

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LUSA/SEBASTIEN NOGIER

Foi com João Sousa a olhar incrédulo para uma marca assinalada fora, no primeiro ponto do derradeiro jogo, que o público entusiasta abandonou as bancadas do court central do Jamor. Mas o que Portugal pode lamentar foram os três game-points que desperdiçou quando Sousa serviu a 4-4 do quinto set. Em consequência, a Alemanha aproveitou a primeira oportunidade para fazer o break e desequilibrou o emocionante encontro de mais de três horas e meia. E a selecção visitante parte para o último dia do play-off do Grupo Mundial da Taça Davis em vantagem (2-1).

Apesar do desacerto inicial, marcado por breaks nos respectivos serviços, Sousa e Gastão Elias recuperaram bem e lideraram por dois sets a um, o encontro frente a Jan-Lennard Struff e Tim Pütz — uma dupla que se juntou de propósito para disputar (e ganhar) o challenger de Génova, na semana passada, em preparação para a Taça Davis. Mas foram os alemães a entrar melhor no quarto set e, até final, só cederam quatro pontos.

“É normal haver altos e baixos quando se joga a cinco sets, as duas equipas tiveram. A diferença é quem aproveita os momentos importantes. Eles serviram muito bem a partir do segundo set e eu nunca me senti tranquilo a responder; ou porque o Struff serve muito forte ou porque cobria muito bem a rede quando servia o Putz”, explicou Elias.

Com o ruidoso e incondicional apoio dos adeptos, Sousa e Elias entraram bem no set decisivo e dispuseram de dois break-points quando Putz serviu no segundo jogo. Mas, a partir daí, a dupla alemã não perdeu mais pontos quando serviu e, na única ocasião de fazer o break, fez o 5-4, antes de festejar ao fim de 2h36m: 6-2, 4-6, 6-7 (5/7), 6-4 e 6-4. “Foi decidido em pequenos detalhes. Eles estão a jogar juntos e isso nota-se”, resumiu João Sousa.

Para o dia decisivo, Nuno Marques volta a apresentar João Sousa (57.º) e Pedro Sousa (107.º). No entanto, Sousa revelou estar convicto de que não vai defrontar Jan-Lennard Struff (54.º), como anunciado no sorteio de quinta-feira. “Estou consciente de que não posso perder. Joguei nove sets nestes dois dias e o importante é recuperar bem”, disse o número um português.

Se João vencer e igualar a eliminatória, caberá a Pedro e Cedrik-Marcel Stebe (90.º) decidirem quem irá estar no Grupo Mundial da Taça Davis em 2018. “Já não há margem para errar e é perfeitamente possível ganharmos os dois encontros”, frisou o capitão português Nuno Marques.

A última vez que Portugal recuperou de 1-2 na Taça Davis foi em 2005, frente à Argélia, precisamente no Jamor.

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