Incêndio em escola da Malásia causa 24 mortos

Estudantes e professores ficaram encurralados dentro do edifício.

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O fogo deflagrou no andar superior da escola religiosa Reuters/LAI SENG SIN

Um incêndio numa escola religiosa em Kuala Lumpur, capital da Malásia, provocou a morte, nesta quinta-feira, de pelo menos 22 estudantes e dois professores. O incêndio deflagrou às 5h40 locais (21h40 em Lisboa). As vítimas ficaram presas nos dormitórios onde se encontravam porque todas as janelas estavam protegidas com grades de metal, que não podem ser abertas por dentro.

Os estudantes, todos do sexo masculino, tinham entre 13 e 17 anos. Nas escolas islâmicas, onde os alunos estudam o Corão, é frequente estes viverem nos estabelecimentos de ensino. Os media locais lembraram que, desde 2015, se registaram pelo menos 200 incêndios em escolas religiosas.

Em declarações à agência AFP, citadas pela BBC, o responsável pelos serviços de combate aos fogos, Khirudin Drahman, disse que este foi “um dos piores incêndios nos últimos 20 anos”.

“O edifício está cercado por grades de metal que não podem ser abertas por dentro. Quando foram surpreendidos pelas chamas e o fumo, os estudantes tentaram fugir pelas janelas. Mas por causa das grades não conseguiram escapar”, confirmou aos jornalistas outro responsável pelas operações de combate ao fogo, Soiman Jahid, acrescentando que as autoridades estão ainda a investigar as causas do incêndio.

“As crianças estavam a gritar por ajuda mas eu não pude socorrê-las porque a porta também já estava a arder”, disse à Reuters um morador quer vive ao lado da escola.

Quando as autoridades entraram no edifício, os corpos das vítimas estavam “totalmente carbonizados e amontoados uns sobre os outros”, indicou o chefe da polícia de Kuala Lumpur, Amar Singh.

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