Um terço do pequeno mercado dos smartwatches é da Apple

A monitorização física, como o registo do batimento cardíaco e número de calorias gastas, é o que mais empurra as vendas destes aparelhos.

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Uma das maiores criticas dos primeiros smartwatches foi a falta de conectividade própria Reuters/EDGAR SU

Dois anos depois de aparecerem, os smartwatches continuam a ser um mercado pequeno, mas que não pára de crescer – e um terço é da Apple. Até ao final de 2017, deverão ser vendidas 41,5 milhões de unidades destes relógios em todo o mundo (mais 17% que em 2016), segundo previsões da analista Gartner. 

Os relógios inteligentes são dos wearables (aparelhos electrónicos com que nos podemos equipar) mais utilizados, apenas ultrapassados pelas vendas dos auriculares sem fios. As versões mais sofisticadas permitem fazer pagamentos, utilizar GPS, e receber alertas de chamadas e mensagens, mas a monitorização física (através do registo do batimento cardíaco e número de calorias gastas, por exemplo) é o que empurra as vendas. É a funcionalidade mais procurada em smartwatches, segundo um estudo de mercado da Connected Inteligente.

Só no último ano, as vendas da Apple subiram 50% com o aperfeiçoamento destas ferramentas. “O Watch 2 [a versão mais recente da Apple] tem um impacto positivo na saúde e vida diária das pessoas, motivando-as a passar menos tempo sentadas e mexerem-se mais”, frisou o director executivo, Tim Cook, na divulgação dos resultados financeiros da empresa relativos ao terceiro trimestre de 2017.

Para manter a liderança, o próximo passo da Apple deve ser a aposta na conectividade 4G para receber mensagens e chamadas independentemente do iPhone. Ou seja, o novo smartwatch da marca deverá ser, finalmente, o que prometia ser desde o início: um telemóvel para levar ao pulso (que não depende de outro telemóvel maior no bolso). É algo que as últimas versões destes aparelhos da Huawei, Samsung e LG já fazem. De acordo com a Gartner, esta evolução dos smartwatches pode fazer com que as crianças também se tornem responsáveis por uma parte das vendas dos aparelhos, que passam a ser vistos pelos pais como uma boa alternativa a um primeiro telemóvel.

“Os smartwatches estão a caminho de representar o maior potencial de receita de todos os wearables até 2021”, frisa a analista da Gartner Angela McIntyre. O preço dos aparelhos também deve descer.

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