Jerónimo recusa dramatismos e afirma que conversações sobre o OE vão no bom sentido

O Partido Comunista está nas negociações do Orçamento "com grande frontalidade, sem nenhuma posição rígida, dialogando, negociando e propondo", diz Jerónimo de Sousa.

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O líder do PCP acredita que "é possível repor direitos e rendimentos ao povo português" LUSA/NUNO FOX

O secretário-geral do PCP afirmou este domingo que as conversações com o Governo sobre o Orçamento para 2018 estão "no bom sentido", salientando que os comunistas recusam dramatizações e que negoceiam com frontalidade e sem posições rígidas.

Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas a meio das Festas da Moita, no distrito de Setúbal, acompanhado por dezenas de apoiantes, entre eles o presidente da Câmara deste município, Rui Garcia, que se recandidata pela CDU ao cargo nas próximas eleições autárquicas.

Interrogado se as negociações com o Governo socialista para a elaboração da proposta de Orçamento do Estado para 2018 estão mais difíceis do que nos anos anteriores, o líder comunista respondeu imediatamente: "Eu não dramatizo".

"Com a reserva natural inerente a estas reuniões, posso informar que, neste momento, o diálogo e as conversas vão no bom sentido. Não serão fáceis como não foram em relação a orçamentos anteriores, mas estamos profundamente convictos que, se existir compreensão política da opção de se dar mais confiança aos trabalhadores e ao povo português, não é só o Governo que ganha com isso, mas também o país", sustentou Jerónimo de Sousa.

De acordo com o secretário-geral do PCP, os comunistas estão nas conversações "com grande frontalidade, sem nenhuma posição rígida, dialogando, negociando e propondo".

"O produto final [das negociações do Orçamento] logo se verá, mas não dramatizo as coisas ao ponto de dizer que existe uma crispação muito grande e que não é possível. Pelo contrário, entendo que é possível repor direitos e rendimentos ao povo português", declarou Jerónimo de Sousa.

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