Advogados dos lesados do Banif criam plataforma conjunta

Fórum de advogados dos lesados do Banif, que reuniu esta semana, já tem novo encontro previsto até meados de Outubro. Resolução do banco faz dois anos em Dezembro

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LUSA/Gregório Cunha

A Associação dos Lesados do Banif (Alboa), “decidiu patrocinar a constituição de uma plataforma informal de advogados que reúna os causídicos com processos relacionados”, anunciou esta quinta-feira, 7 de Setembro, a organização, em comunicado.

A decisão agora anunciada em nota às redacções, foi tomada ontem ao fim da tarde, no final de um encontro de quase cinco horas que reuniu advogados de cerca de uma dúzia de escritórios de Portugal continental, Açores e Madeira.

Denominada de 1ª Fórum de Advogados dos Lesados do Banif, a iniciativa já tem nova data agendada para novo encontro, “para sensivelmente daqui a um mês (até meados de Outubro)”. Adianta a Alboa que ficam “entretanto os advogados presentes [no encontro desta quarta-feira] em contacto permanente” através da “plataforma informática a ser criada muito em breve”, agora anunciada.

O objectivo é “a partilha de informação e a concepção de uma estratégia jurídica comum, com acções integradas, por parte dos diversos escritórios de advogados”, sendo o seu “acesso exclusivo aos advogados reconhecidos pela Alboa”.  

“Embora se assuma como dinamizadora e até coordenadora de iniciativas”, a associação liderada por Jacinto Silva recorda que “não pode substituir-se aos diversos actos jurídicos  que devem ser praticados pelos próprios lesados Banif ou seus mandatários”.

A organização estima “o universo de Lesados Banif ronde as 3.500 pessoas (distribuídas por Portugal Continental, Madeira, Açores e Comunidades Portuguesas na África do Sul, Venezuela e Costa Leste dos EUA)”, em 267 milhões de euros “que se calcula que esteja em causa” - das quais cerca de 1.500 estão representadas na Alboa”, representando já “mais de 90 milhões” de euros.

Em Dezembro, faz dois anos que o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal. Parte da actividade bancária do Banif foi então vendida ao Santander Totta por 150 milhões de euros, tendo sido ainda criada a sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os activos que o Totta não comprou.

Continua a existir ainda o Banif, o designado 'banco mau', no qual ficaram os accionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido. Desde então, sobretudo os obrigacionistas têm andado em ‘luta’ por uma solução.

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