Professores pedem a ministro da Educação colocações por graduação

Grupo de 30 docentes entregou documento a reivindicar hipótese nesta quarta-feira durante uma visita a uma escola, em Matosinhos.

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Nuno Ferreira Santos

Um grupo de cerca de 30 professores efectivos entregou esta quarta-feira ao ministro da Educação, em Matosinhos, um documento a reivindicar a hipótese de ficarem colocados mais perto de casa, de acordo com a sua graduação.

No final de uma visita à escola Básica e Secundária do Padrão da Légua, concelho de Matosinhos, distrito do Porto, o ministro recebeu nas instalações da escola um pequeno grupo de professores efectivos que pretendem ser "colocados por graduação".

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião com Tiago Brandão Rodrigues, a professora Manuela Almeida frisou que este movimento de docentes, intitulado "Luta de Professores por um concurso mais justo", vai "recorrer a tudo o que estiver ao alcance", incluindo a justiça, "e tudo fará para repor o que está legislado e o que foi prática durante mais de uma década".

Os docentes queixam-se de terem concorrido a escolas e concelhos, e não a horários, e dizem ter sido colocados a muitos quilómetros de distância das suas casas, porque "os critérios para a colocação basearam-se nos horários completos".

"Sentem-se defraudados"

"Os professores sentem-se defraudados, porque fizeram o concurso convencidos que todos os horários fossem lançados, como vinha sendo prática há décadas", sustentou Manuela Almeida.

A docente saiu da reunião com o ministro "confiante" na resolução deste problema, que estima abranger já "4000 professores".

"O ministro ficou sensível a tudo, não só ao que está legislado, mas também aos flagelos que estas colocações tiveram nas famílias dos professores", disse, adiantando que os professores querem "que as listas sejam retiradas".

A professora considerou que ainda há tempo de resolver "a injustiça" e a "irregularidade" decorrente do concurso.

Entre cerca de 14 mil horários anuais e completos pedidos pelos estabelecimentos de ensino, apenas 2.300 foram ocupados por contratados a termo, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação.

Esta situação já levou dezenas de professores de vários pontos do país a protestarem junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, que contestam a alteração do concurso que os levou a ficarem colocados numa escola muito distante de casa e da família.

A comunicação social presente nesta iniciativa, que contou com o primeiro-ministro, António Costa, não conseguiu falar com Tiago Brandão Rodrigues, que saiu da escola por uma outra porta.

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