O que reivindicam médicos e enfermeiros

As reivindicações de uns e outros são antigas, mas têm esbarrado na intransigência do Ministério da Saúde.

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Adriano Miranda (arquivo)

Médicos

O Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos voltaram esta semana a ameaçar convocar uma nova greve nacional de dois dias, caso a tutela não responda às suas reivindicações. Na segunda-feira, os dirigentes dos dois sindicatos reuniram-se com a Ordem dos Médicos para avaliar em que estado estão as negociações e a ameaça de uma segunda paralisação mantém-se.

As exigências são as mesmas que estiveram na origem na greve dos médicos de Maio e que estão a ser negociadas há mais de um ano e meio: redução do número anual de horas suplementares que os médicos são obrigados a fazer  (de 200 para 150), a diminuição do número de utentes por médico de família (de 1900 para 1550) e a criação de um limite de 12 horas semanais (contra as actuais 18 horas) de trabalho no serviço de urgência.

Enfermeiros

Os enfermeiros representados pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros, que inclui o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem e o Sindicato dos Enfermeiros, reclamam a criação da carreira de especialista e um vencimento adequado a estas funções, uma nova tabela salarial para toda a classe (actualmente um enfermeiro em início de carreira ganha 1200 euros brutos) e a generalização do horário de 35 horas semanais (há muitos profissionais que continuam a trabalhar 40 horas por semana).

Os sindicatos convocaram uma greve de cinco dias para a próxima semana, mas é o protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, que começaram por se recusar a desempenhar as funções específicas enquanto não receberem mais por isso, que tem marcado a actualidade. Esta semana, o protesto subiu de tom, com o movimento que o tem liderado a anunciar que muitos tencionam entregar os seus títulos de especialista à Ordem dos Enfermeiros.

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